Segunda-feira, 6 de novembro de 2023 - 12h02

A religião é parte importante da vida de muitas pessoas. Ela fornece
orientação moral, conforto espiritual e senso de comunidade. A política, por
sua vez, envolve o processo de tomada de decisões que afeta a vida de todos. A
mistura entre religião e política é perigosa, na medida em que as crenças
religiosas têm sido usadas para justificar políticas públicas que levam à
discriminação, à intolerância e à violência.
No Brasil, o Estado é laico. Isso significa que a religião não pode
influenciar as decisões governamentais. No entanto, na prática, a religião tem
adquirido um papel central na política brasileira. As bancadas evangélicas, por
exemplo, têm crescido bastante, e as crenças religiosas de seus parlamentares
têm sido utilizadas para justificar determinadas posições políticas. Isso leva
a conflitos entre diferentes grupos religiosos, uma vez que não há e nunca
houve consenso entre as religiões a respeito de vários temas nevrálgicos de
nossa sociedade, tais como a legalização do aborto e o uso da Cannabis
medicinal, para citar apenas dois entre tantos outros exemplos. Alie-se a isso
o fato de que a mistura entre religião e política pode levar à violação dos
direitos humanos, quando a propositura de leis que promovem a discriminação
contra determinadas minorias é justificada com base em argumentos religiosos.
É importante que a religião e a política sejam bem separadas para
garantir que todos tenham a oportunidade de participar do processo político,
independentemente da crença religiosa que professam. Essa salutar separação
protege os direitos humanos e permite que os cidadãos sejam tratados de forma
igualitária, inclusive ajudando a prevenir a discriminação e a intolerância
contra minorias religiosas. Manter as decisões políticas apartadas de questões religiosas
e dogmáticas é, por isso, princípio basilar de uma sociedade democrática.
Sendo assim, a ideia de criar capelanias nas escolas de Rondônia, proposta pelos deputados da nossa Assembleia Legislativa, afronta o Estado laico e a democracia. Como todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, conforme determina a Magna Carta, resta saber se em cada escola haverá também um pastor, um padre, um umbandista e um espírita para aconselhar nossas crianças.
*Antônio Tavernard - servidor público
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