Quinta-feira, 7 de janeiro de 2021 - 08h23
Tempos difícil favorecem
toda sorte de confusão. Há os que confundem liberdade com libertinagem,
caridade com espírito público e esperteza com inteligência, mesmo aparentando
conhecerem perfeitamente essas diferenças, incorrem em condutas destrutivas que
em nada contribuem para ajudar o país a encontrar a saída para os problemas
contra os quais a sociedade se debate.
Em recente artigo,
publicado no jornal eletrônico Tudo Rondônia, o petista Aloizio Mercante, pede
a renúncia do presidente Jair Bolsonaro, por “inviabilizar o
acesso do povo à vacina, estimular fake news e o ódio, defender a tortura e as
milícias e ameaçar as instituições democráticas". Se isso é suficiente
para Mercadante pedir a cabeça do presidente, que sentença ele pediria para o
governante acusado de comandar o maior esquema de corrupção da história
mundial? Que o presidente tem lá seus momentos de fraqueza – alguns até
condenáveis, sob todos os aspectos, não se discute -, mas daí pretende pedir a
sua renúncia é, no mínimo, uma insensatez, para não dizer coisa pior.
A humanidade está vivendo um dos períodos mais
difíceis da sua história, com
uma pandemia global, que já matou centenas de milhares de pessoas. Em vez de
procurar aumentar o fogaréu, por simples ambição politica, como faz Mercante,
urge buscar fórmulas que superem as atuais dificuldades, devolvendo ao povo um
pouco mais tranquilidade, e não tentar deslocar o centro de gravidade da
politica do interesse nacional para o de grupos políticos, em boa hora varridos
do mapa pela força democrática e soberana do voto popular.
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