Quarta-feira, 14 de abril de 2021 - 09h21
De acordo com o suplemento Tecnologia da Informação e Comunicação
(TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua),
em 16,7% dos domicílios rondonienses não houve utilização de internet em 2019.
O índice é bem menor que o registrado em 2016: 37,7%. No Brasil, em 2019, foi
identificado que a internet não foi utilizada em 17,3% dos domicílios.
A PNAD Contínua TIC demonstrou também que o número de pessoas com
mais de dez anos que não utilizavam internet diminuiu 50,7% em Rondônia entre
2016 e 2019. No Brasil, a redução foi de 36,4%.
Em Rondônia, no ano de 2019, 44,8% das pessoas com mais de dez
anos que não utilizaram internet alegaram que não sabiam usar o serviço, sendo
o motivo com maior proporção. A falta de interesse em acessar à internet foi o
segundo motivo mais declarado: 36,4%.
Por outro lado, o aumento de usuários de internet com mais de 10
anos entre 2016 e 2019 em Rondônia foi de 852 mil para 1,2 milhão.
Proporcionalmente, o grupo que mais cresceu foi o de pessoas com mais de 60
anos, que passou de 22 mil para 97 mil usuários.
Dos 1,2 milhão de rondonienses com mais de 10 anos que utilizaram
a internet no período de referência, 1,18 enviaram ou receberam mensagens de
texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail e 1,11 milhão
fizeram chamadas de voz ou vídeo.
A PNAD Contínua TIC constatou ainda que 86,8% dos estudantes
rondonienses com mais de dez anos utilizaram internet em 2019, índice próximo
ao brasileiro: 88,1%.
Em relação ao equipamento utilizado para acessar internet,
observou-se que a televisão tem ganhado destaque. Em 2016, este dispositivo era
usado em 4,7% dos domicílios, passando para 20% em 2019. O celular era
utilizado em 99,7% dos domicílios com acesso à internet.
Além destas informações, a pesquisa revelou que o rendimento
médio per capita mostrou-se fator importante para acesso à
internet. Enquanto o rendimento médio per capita nos
domicílios que havia utilização da internet era de R$ 1203,00, nos que não
usavam internet era de R$ 785,00.
Notou-se ainda que a renda influencia o tipo de equipamento
utilizado para acessar a internet. O menor e o maior rendimentos médios per
capita foram identificados nos domicílios que usavam microcomputador
(R$ 1755,00) e nos que usavam tablet (R$ 2548,00).
Em 88 mil domicílios rondonienses só havia televisão de tubo
A PNAD Contínua TIC mostrou que a televisão de tubo estava
presente em 105 mil domicílios rondonienses em 2019, o que representou 19,2% do
total de moradias com aparelho televisor. Deste quantitativo, em 88 mil
moradias só havia este tipo de aparelho e em 17 mil havia também TV de tela
fina. Já o número de domicílios que possuíam TV de tela fina aumentou 38,8%
entre os anos de 2016 e 2019.
Foi constatado ainda que em 20,9% das moradias rondonienses havia
duas ou mais televisões de tela fina e/ou tubo.
Além disso, observou-se que cerca de 140 mil rondonienses não
tinham acesso a conversor digital na televisão do domicílio, representando 8,5%
da população que possuíam televisão. A taxa rondoniense é 0,5 p.p maior que a
taxa brasileira.
Sobre TV por assinatura, o estudo demonstrou que 83,3% dos
domicílios rondonienses com aparelho de televisão não tinham acesso ao serviço.
Entre os que não utilizavam TV por assinatura, 59,7% declararam que não tinha
interesse e 34% declararam que o serviço era caro.
Notou-se também uma diminuição de 66,7% no número de domicílios
que tinham apenas sinal de antena parabólica. Em 2016, 102 mil moradias
rondonienses só tinham recepção de sinal de televisão por este equipamento. Já
em 2019, este número foi de 34 mil domicílios.
Por outro lado, ficou evidenciado o aumento de disponibilização de
sinal digital de TV aberta. Enquanto em 2016, 76,2% dos domicílios rondonienses
com televisão com conversor recebiam sinal digital, em 2019, 90,2% tinham o
serviço. Em todo o Brasil, o índice foi de 89,4% em 2019.
Outro dado relevante da pesquisa é sobre o rendimento médio per
capita nos domicílios com televisão. Em Rondônia, em 2019, nos
domicílios com televisão de tela fina, o rendimento médio per capita era
de R$ 1265,00. Já nas moradias com televisão de tubo, era de R$ 728,00.
Também existiu diferença de rendimento médio per capita entre
as residências que tinham e as que não tinham TV por assinatura. Nas que havia
acesso ao serviço, o rendimento era de R$ 2113,00 contra R$ 965,00 nas que não
contavam com a assinatura de TV.
Celular está presente em 97,9% das residências rondonienses
Por meio da PNAD Contínua TIC foi possível observar uma redução
gradativa do telefone fixo e aumento do telefone celular. Em 2016, 15,6% dos
moradores contavam com telefone fixo convencional, taxa que atingiu 11,3% em
2019. Em relação à presença do celular, em 2016, 93,9% dos rondonienses
residiam em moradia com o aparelho. Já em 2019, este índice foi de 97,9%.
Entre rondonienses com mais de dez anos, em 2019, 81,2% tinham
telefone celular para uso pessoal, índice maior que o registrado em 2016
(73,2%). Por grupo de idade, as pessoas com 30 a 39 anos representavam 20,1%,
sendo o grupo mais expressivo. As que tinham entre 40 e 49 anos representaram
18,7% e as com idades entre 50 e 59 anos foram 13,2%. Por sexo, as mulheres
registram uma taxa um pouco maior que os homens: 82,4% delas tinham celular
para uso pessoal e 80% deles possuíam o aparelho.
Além disso, ficou evidenciado o aumento de posse de celular para
uso pessoal entre os estudantes com mais de dez anos. Em 2016, 61,4% dos
estudantes tinham o aparelho, aumentando o índice para 72,6% em 2019.
Entre os rondonienses com mais de dez anos que não tinham telefone
celular para uso pessoal, 26,6% disseram que o aparelho ou o serviço era caro;
26,3% alegaram que não tinham interesse em ter celular e 20,9% informaram que
não sabiam usar o equipamento.
Sobre equipamentos eletrônicos, a PNAD Contínua TIC mostra que 60,6%
dos rondonienses estavam em domicílios sem microcomputador ou tablet. O índice
manteve-se estável entre 2016 e 2019.
Observou-se ainda uma diferença em relação ao rendimento
médio per capita entre os domicílios que tinham
microcomputador ou tablet e as moradias que não possuíam nenhum dos dois
equipamentos. Nas residências com microcomputador, o rendimento médio era de R$
1679,00 e nas com tablet, o valor era de R$ 2466,00. Já nos domicílios sem os
equipamentos, era de R$ 835,00.
Constatou-se
também que o rendimento médio per capita nos domicílios com
telefone fixo convencional era R$ 765,00 a mais que nas residências com
aparelho celular, sendo R$ 1920,00 nos com telefone fixo e R$ 1155,00 nos com
celular. Nas moradias com os dois tipos de aparelhos telefônicos, o rendimento
médio era de R$ 1929,00
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