Terça-feira, 30 de abril de 2024 - 17h22
Buscando
dar total apoio ao setor produtivo, Marcelo Thomé, presidente da Federação das
Indústrias de Rondônia (FIERO), mobilizou o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI-RO), que prontamente se reuniu com a prefeita de Cerejeiras,
Lisete Marth, nesta terça-feira (30), com objetivo de apresentar as
oportunidades de cursos de capacitação para a população do município, e assim
preparar mão de obra qualificada para os novos trabalhos que a instalação da
usina de etanol irá gerar.
A
indústria de biocombustíveis, que está prevista para iniciar suas operações em
2026, é um projeto que vem sendo gestado desde 2020. Com um investimento em
mais de R$ 420 milhões, a estimativa é de que movimente R$ 2,5 bilhões na
economia local e crie mais de 130 novos empregos diretos e mais de mil
indiretos.
“Busquei
a Federação porque percebi a importância de estarmos próximos, principalmente
durante esse processo de instalação da usina, para que a FIERO nos dê
orientação e apresente as melhores oportunidades que muitas vezes não temos
conhecimento”, contou Lisete Marth, prefeita de Cerejeiras.
O
empreendimento recebeu investimentos do grupo argentino Bahía Energía (GBE) e
do empresário vilhenense, Croceta Júnior. Segundo Croceta, os estudos sobre o
projeto iniciaram em 2019 e em 2022 buscaram a parceria com o GBE. “Minha
família é produtora de biomassa no estado desde 2005, vimos que o Mato Grosso
cresceu muito com a produção de etanol de milho, e enxergamos nisso uma grande
oportunidade de negócio”, explicou Croceta.
Segundo
Pablo Otero, diretor global de novos negócios do GBE, o grupo tem planos de
continuar os investimentos em Rondônia após essa primeira fase de instalação.
Nesta
primeira etapa, a usina terá capacidade de processamento de 525 mil toneladas
de milho anualmente, com produção de 170 milhões de litros de etanol e 115 mil
toneladas de DDGS (distiller´s dried grains with
solubles/grãos secos por destilação com solúveis).
De acordo
com o diretor administrativo da usina, Marcelo Lucas, hoje Rondônia é
importadora dos DDGS. Esse insumo que é fonte proteica e energética nas
formulações de ração animal de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão é
usado em todas as indústrias de rações do estado. Com a usina, esses grãos
serão produzidos em Cerejeiras, o que vai gerar mais renda com a possibilidade
de exportação e o fortalecimento do agronegócio.
O
presidente da FIERO enfatizou a importância estratégica desse projeto para
Rondônia. "A implantação desta usina de etanol representa um marco para o
desenvolvimento econômico e sustentável de nossa região. A Federação tem
compromisso em apoiar iniciativas que fortaleçam o setor industrial, que
contribuam para a conservação do meio ambiente e para o bem-estar de nossa
população”, disse Thomé.
Além
disso, a usina de etanol tem potencial para impulsionar a produção de energia
verde no estado. Com a crescente preocupação global com a sustentabilidade
ambiental, iniciativas como essa são essenciais para a redução das emissões de
carbono e para a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.
O
Instituto Amazônia+21, que também é presidido por Marcelo Thomé, tem como
missão justamente estimular iniciativas que conciliem o desenvolvimento
econômico com a preservação ambiental, vê o empreendimento como um passo firme
para um futuro mais sustentável para a Amazônia Legal e para a consolidação de
uma indústria verde na região.
“A usina
vem a ser um marco na agroindústria de Rondônia, vamos colocar na bomba um
combustível mais barato e verde, indo no sentido de conservação da Amazônia.
Vamos usar menos combustível fóssil, substituir a gasolina de hoje pelo etanol
de milho e contamos com a FIERO nesse processo, que já é nossa parceira,”
pontuou Marcelo Lucas.
Com o
início das obras previsto para o mês de maio deste ano, a expectativa é que a
usina traga impactos positivos significativos para a população de Rondônia,
seja um símbolo de inovação, sustentabilidade e progresso econômico.
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