Terça-feira, 23 de janeiro de 2024 - 16h23
O presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO), Marcelo
Thomé, acompanhou o lançamento da Nova Política Industrial, anunciada nesta
segunda-feira, 22, pelo Governo Federal, e destacou a importância da iniciativa
para a retomada do crescimento da indústria brasileira, observando que isso
também traz oportunidades extraordinárias para Rondônia. "Este é um
momento histórico para a indústria nacional. R$ 300 bilhões representam um o
ponto de partida necessário para impulsionar a competitividade e a inovação, e
pode proporcionar um estímulo significativo para o desenvolvimento sustentável
da Amazônia”, afirma Thomé. Ele também lembra que “o valor é expressivo, mas é
um ponto de partida, sim, pois quando o Brasil fala em competitividade precisa
atentar, por exemplo, que os Estados Unidos investem U$1,9 trilhão e o Japão,
U$1,5 trilhão”.
O lançamento da Nova Política Industrial aconteceu em Brasília, em
reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio
do Planalto. Com ela o Governo Federal garante R$ 300 bilhões em financiamentos
para o setor até 2026, buscando aumentar a competitividade da indústria
nacional, gerar mais empregos, elevar renda e reduzir desigualdades. O plano
tem foco na inovação tecnológica, autossuficiência e energia limpa, sendo
dividido em seis missões ou eixos: agroindústria; complexo industrial de saúde;
infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital;
bioeconomia e transição energética. Suas ações e metas estão estabelecidas para
até 2033.
Os recursos disponíveis vão permitir a implementação de práticas mais
eficientes e ecológicas, alinhadas com as crescentes demandas por produtos de
origens sustentáveis. Através do Centro de Bionegócios da Amazonia (CBA), será
possível desenvolver pesquisas que se transformem em negócios na região
amazônica. “Isso representa uma política pública moderna, que entende a
importância de investir no potencial do Brasil na agenda de sustentabilidade,
descarbonização e transição energética, e que devemos caminhar para uma
industrialização verde”, observa Thomé.
O vice-presidente da CNI, Leonardo de Castro, concorda com Thomé e
afirma que “esse é um
tempo decisivo, que vai determinar a emergência climática, a transformação
ecológica e, desse processo, vai emergir um novo arranjo das nações. Estados
Unidos, União Europeia, Japão e Coreia do Sul, em resposta à China, buscam
ampliar suas estruturas produtivas e essas se movem na direção da
descarbonização, então o Brasil está no caminho certo e mostra isso com a Nova
Política Industrial” finaliza Castro.
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