Domingo, 19 de maio de 2024 - 09h10
Como
resultado da oficina de Planejamento Participativo do Incra em Rondônia foram
divulgadas hoje as prioridades definidas em obtenção de terras, desenvolvimento
de assentamentos, regularização fundiária e territórios quilombolas no estado.
O evento aconteceu nos dias 9 e 10 de maio, no auditório da sede da autarquia
em Porto Velho (RO), com a participação de dezenas de entidades ligadas ao
campo no estado, órgãos públicos, servidores e colaboradores.
Entre as
prioridades do grupo de “obtenção de terras e cadastramento” estão a
regularização das famílias do acampamento União, na fazenda Paredão (Machadinho
do Oeste); das posses na Reserva Rio Madeira B (Porto Velho); dos
acampamentos Antônio Conselheiro (Theobroma); Hugo Chavez (Ariquemes), Eugídio
Brunetto (Porto Velho), Sílvio Rodrigues (Alvorada do Oeste) e Florestan; de
áreas emblemáticas do projeto de assentamento Joana D'Arc (Porto
Velho); do Acampamento Che Guevara (Alto Alegre dos Parecis); levantamento
da cadeia dominial das terras de Rondônia que pertenciam aos estados do
Amazonas e Mato Grosso, em especial em Rio Pardo; a conclusão do levantamento
socioeconômico do Projeto Amaris (Universidade Federal de Viçosa) em Vilhena; a
inclusão das associações como terceiros interessados nos processos de retomada
de terras na Justiça Federal e negociações em decretos de aquisição de
terras.
Quinze
entidades participaram das discussões sobre regularização fundiária. Devido ao
volume de demandas, até o dia 31 de maio a Divisão de Governança Fundiária
do Incra apresentará as prioridades considerando a tensão social que envolve
determinadas áreas sendo muitas delas com ações judiciais.
Sobre a
regularização de territórios quilombolas foram priorizadas a demarcação das
comunidades de Santa Cruz e Laranjeiras (Pimenteiras do Oeste), Santo Antônio
do Guaporé (São Francisco do Guaporé), Forte Príncipe da Beira (Costa Marques),
e Porto Rolim do Guaporé (Alta Floresta do Oeste). Em agosto será instalada a
mesa quilombola para o acompanhamento das ações.
A primeira
reunião da Comissão de Monitoramento dos Compromissos acontecerá em agosto
deste ano, com representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação
dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de
Rondônia (Fetagro),Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
Frente Social Rural e Urbana (FSRU), Coordenação Estadual das
Comunidades Quilombolas (COEQ/RO), Ouvidoria Externa da Defensoria Pública
do Estado de Rondônia), Organização dos Seringueiros da Amazônia (OSR),
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Associação Nova União (ANU).
Participaram
da oficina o diretor de Governança Fundiária do Incra, João Pedro Gonçalves,
servidores do Incra de Rondônia e da sede em Brasília, Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria do Patrimônio da União (SPU),
Ministério Público Federal (MPF-RO), OAB-RO, Ouvidoria da Defensoria Pública de
Rondônia (DPE), representantes de assentados, trabalhadores rurais sem terra,
produtores rurais, ribeirinhos, quilombolas e extrativistas.
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