Quarta-feira, 27 de março de 2024 - 15h45
De acordo com as
Estatísticas de Registro Civil, divulgadas pelo IBGE anualmente, o número de
nascimentos de bebês, em Rondônia, vem diminuindo ano a ano. Entre 2018 e 2022,
a redução foi de 11,7%, passando de 28 mil crianças nascidas vivas e
registradas para 25 mil.
Dos 25.032 registros,
24.739 (98,8%) nasceram no mesmo ano e 293 (1,1%) nasceram em anos anteriores e
foram registradas em 2022. Pelo local de residência da mãe, os maiores
municípios rondonienses tiveram as maiores quantidades de registros em 2022:
Porto Velho (7.278), Ji-Paraná (1.992), Vilhena (1.531), Ariquemes (1.496) e
Cacoal (1.331).
Acompanhando queda na
quantidade de nascimentos, está o número de nascidos vivos de mães com idades
até 26 anos no momento do parto. Em 2018, foram registrados 15.785 bebês de
mães com até 26 anos. Já em 2022, foram 12.936 registros.
A pesquisa mostra
também que, no ano de 2022, nasceram mais crianças entre os meses de março e
maio. Nesse período, nasceram 6.637 bebês, representando 26,8% do total de
nascimentos durante o ano.
A publicação indica,
ainda, que dos bebês nascidos vivos, 12.624 (51%) foram do sexo masculino e
12.114 (49%) do sexo feminino.
Em relação aos
óbitos, as Estatísticas de Registro Civil apontaram que Rondônia teve a segunda
maior queda proporcional do Brasil entre 2021 e 2022. Em 2021, foram
registrados 13.980 mortes no estado; já em 2022, foram 10.257, representando
uma diminuição de 26,6%. O estado com a maior queda foi o Amazonas, que
diminuiu 29,9%, passando de 26 mil óbitos para 18 mil.
Do total de óbitos em
Rondônia em 2022, 90,5% (9.278) foram de causas naturais e 9,1% (934) foram por
causas externas, como acidente de trânsito, homicídio e afogamento.
Analisando a idade em
que o óbito ocorreu, observa-se que 3,1% (320) tinham menos de um ano, sendo
que quase metade (146 óbitos) tinha menos de sete dias de nascimento. Porém, do
total de mortes, os grupos com as maiores proporções de óbitos foram os com
idades entre 70 e 74 anos (10,8%) e 75 e 79 anos (10,2%). Se considerar apenas
morte não natural, os grupos com as maiores proporções foram os com idades
entre 25 e 29 anos (10,7%) e 20 e 24 anos (10,1%).
Ainda sobre a natureza do óbito, Espigão d’Oeste foi o único município rondoniense com mais registro de mortes não naturais (133) que mortes naturais (77). O município, que representou 14,2% do total de mortes não naturais em Rondônia, ficou com a segunda maior proporção, atrás apenas da capital Porto Velho, que correspondeu a 21,9%.
Rondônia se mantém na
liderança com a maior taxa de casamento do Brasil
Mais uma vez,
Rondônia registrou a maior taxa de nupcialidade do Brasil. A taxa é a proporção
de casamentos em relação à população com 15 anos ou mais. O estado teve índice
de 9,6%, enquanto que a taxa da Região Norte foi de 6,2% e do Brasil de 5,9%. O
estado com a menor taxa de nupcialidade foi o Piauí (3,4%), que tem a segunda
maior duração média do casamento: 16,6 anos, atrás do Rio Grande do Sul (16,8
anos).
No ano de 2022, foram
registrados 11.923 casamentos em Rondônia, sendo quase a totalidade - 11.881
(99,6%) - de matrimônios entre cônjuges de sexos diferentes. Dos 52 casamentos
homoafetivos, 30 foram entre duas mulheres e 22 entre dois homens.
Sobre a duração média
do casamento, a pesquisa aponta que Rondônia tem a segunda menor média do país:
10,9 anos, atrás do Acre, que registrou duração média de 10,5 anos.
Considerando todo o país, a duração média de um casamento é de 13,8 anos.
Observou-se, ainda,
que Rondônia tem as maiores proporções do Brasil de casamentos de pessoas que
eram viúvas ou divorciadas, tanto em relação às mulheres quanto em relação aos
homens. No estado, 27,7% das mulheres e 29,1% dos homens que casaram em 2022
não estavam no primeiro matrimônio.
Acerca da idade ao
casar em relação ao total de casamentos entre cônjuges masculino e feminino, a
pesquisa apontou que em 18,1% dos matrimônios os homens tinham idades entre 20
e 24 anos e em 19,2% as mulheres estavam nesta faixa etária, sendo os grupos
etários mais representativos.
Apesar da diminuição do número de casamentos de mulheres menores de idade, Rondônia continua apresentando a maior proporção nacional. Das uniões matrimoniais ocorridas em 2022 no estado, 4,5% (539) foram com garotas com até 17 anos, sendo que em dez casamentos as adolescentes tinham menos de 15 anos. Em relação aos jovens do sexo masculino, 13 tinham 16 anos e 27 tinham 17 anos, representando 0,34% dos matrimônios no estado.
41% dos divórcios em
Rondônia ocorrem com menos de cinco anos de casamento
Em 2022, em Rondônia,
ocorreram 4.232 divórcios em 1ª instância ou por escritura, sendo que a maior
proporção ocorreu em casamentos com 26 anos ou mais: 12,5% (531 divórcios).
Considerando as separações em casamentos com até cinco anos, observa-se que
ocorreram 1.745 divórcios, representando 41,2% do total ocorrido no estado.
A pesquisa também
aponta que a proporção de guarda compartilhada dos filhos menores de idade tem
aumentado ano a ano. Em 2014, a guarda dos filhos ficou sob responsabilidade de
ambos os cônjuges em 8,9% dos divórcios concedidos em 1ª instância em Rondônia.
Já em 2022, este índice foi de 53,8%, ultrapassando a proporção de guarda sob
responsabilidade exclusiva da mulher, que foi de 38,4%.
Em relação ao número
de filhos menores de idade de casais envolvidos em divórcios concedidos em 1ª
instância, verificou-se que, dos 2.400 filhos, 1.323 (55,1%) ficaram sob guarda
de ambos os cônjuges, 890 (37,1%) ficaram sob responsabilidade da mulher; 82
(3,4%) sob guarda do homem; 33 (1,4%) ficaram com outra pessoa e 72 (3%) não
tinham declaração sob a guarda.
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