Sexta-feira, 7 de maio de 2021 - 09h16
Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, mostrou que Rondônia tem a menor
taxa de deslocamento da casa para o trabalho. Dos rondonienses ocupados com
mais de 15 anos, 78,3% deslocavam-se da casa para o trabalho. A maior taxa foi
identificada no Espírito Santo (90,1%) e o índice brasileiro foi de 86,6%. A
pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
e tem intervalo de confiança de 95%.
Também foi
possível constatar que a taxa de deslocamento aumenta conforme aumenta o nível
de instrução. Enquanto o índice entre as pessoas sem instrução ou com ensino
fundamental incompleto era de 67,9%, entre as pessoas com nível superior era de
92,2%.
Em
contrapartida, o tempo médio gasto no deslocamento é maior entre as pessoas sem
instrução ou com ensino fundamental incompleto (3,8 horas semanais) que entre
as pessoas com ensino superior (2,3 horas semanais). A média rondoniense foi de
3,2 horas semanais, sendo a segunda menor do país, enquanto a média brasileira
foi de 4,8 horas semanais. A unidade da federação com maior média foi o Rio de
Janeiro, com 5,8 horas semanais.
Assim como
Rondônia, Porto Velho também apresentou a segunda menor média de horas
consumidas para deslocamento. Na capital rondoniense, os trabalhadores gastaram
em média 3,8 horas por semana para irem da casa para o trabalho e retornarem
para a casa. Porém, enquanto a menor média estadual é do Piauí (3,1 horas
semanais), entre as capitais, a menor média ocorreu em Boa Vista (3,6 horas
semanais).
Outro
aspecto importante que a PNS traz é sobre possíveis fatores de risco aos
trabalhadores. Em Rondônia, 11,5% das pessoas ocupadas na semana de referência
com mais de 15 anos presenciaram alguém fumando no local de trabalho em
ambiente fechado. A taxa foi a segunda maior taxa na Região Norte, ficando
atrás apenas do Tocantins (13,4%).
Foi
observado ainda que 51,5% dos rondonienses com mais de 15 anos não fizeram
nenhuma atividade esportiva, exercício físico, recreativo ou artístico nos 12
meses que antecederam a pesquisa. Das pessoas que praticaram alguma destas
atividades, 36% efetuaram em mais de uma vez por semana.
Uso de
cinto de segurança é maior no banco da frente
A PNS
demonstra que 78,5% dos rondonienses utilizaram cinto de segurança quando
dirigiram ou eram passageiros no banco da frente. A taxa entre as mulheres é
maior que entre os homens: 81,9% delas declararam usar o equipamento e, entre
eles, o índice foi 74,8%. Em relação à idade, 90% das pessoas com mais de 60
anos informaram utilizar o cinto de segurança, enquanto 68% das pessoas com
idades entre 18 e 29 anos se preveniram com o dispositivo.
Quando é
sobre utilização do cinto de segurança no banco de trás do veículo, a média
rondoniense cai para 62,9%. Neste caso, a taxa feminina é um pouco menor que a
masculina: 62,2% e 63,8% respectivamente.
Já em
relação ao uso de capacete, 90% dos rondonienses disseram que sempre usam o
equipamento quando pilotam motocicleta. Observou-se que o índice aumenta
conforme aumenta o nível de instrução: entre as pessoas sem instrução ou com
ensino fundamental, a taxa foi de 86%, sendo elevada para 97,3% entre as
pessoas com ensino superior. Em Porto Velho, a taxa de uso de capacete foi
98,4%.
15,5% dos
rondonienses adultos já sofreram alguma violência
A pesquisa
revelou também que Rondônia apresentou o quarto menor índice entre as unidades
federativas de violência física, psicológica ou sexual. Dos rondonienses com
mais de 18 anos, 15,5% disseram que tinham sofrido algum tipo de violência nos
12 meses anteriores à entrevista. Acre (12,4%), Santa Catarina (13,3%) e Mato
Grosso (14,8%) apresentam as menores taxas.
O tipo de
agressão mais comum entre os rondonienses nos 12 meses anteriores à entrevista
foi a violência psicológica, atingindo 14,5% das pessoas com mais de 18 anos. A
violência física foi sofrida por 3,4% dos rondonienses maiores de idade neste
período.
Já em
relação à violência sexual, 6,2% dos rondonienses com mais de 18 anos foram
vítimas alguma vez na vida. A proporção entre o gênero feminino é bem maior que
entre o masculino: enquanto 9,9% das mulheres declararam ter sofrido este tipo
de violência, 2,3% deles sofreram este tipo de agressão.
Idade da
iniciação sexual dos homens é um ano menor que das mulheres
Pesquisado
pela primeira vez na PNS, o módulo sobre atividade sexual de pessoas com mais
de 18 anos mostrou que a idade média de iniciação sexual dos homens
rondonienses é um ano menor que das mulheres. Em média, eles iniciam a
atividade sexual com 16,3 anos e elas com 17,4 anos. Em Porto Velho, a diferença
entre os gêneros foi um pouco maior: a idade média da primeira relação sexual
deles foi de 15,6 anos e delas foi de 17,2 anos.
Entre os
rondonienses com mais de 18 anos, 23,9% declararam usar preservativo em todas
as relações sexuais nos 12 meses anteriores à entrevista. A taxa entre os
homens foi maior que entre as mulheres: 26,3% e 21,4% respectivamente. Na
capital, os índices foram de 35,7% deles e de 27% delas.
Foi
averiguado ainda sobre procura por serviço público de saúde para obter
preservativo nos últimos 12 meses anteriores à entrevista. Rondônia possui a
menor proporção entre os estados da Região Norte: 9,9% das pessoas com mais de
18 anos. Já em Porto Velho, o índice foi de 13,4% das pessoas com mais de 18
anos.
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