Sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024 - 10h15
De acordo com o Censo
Demográfico 2022, 255 mil domicílios permanentes ocupados em Rondônia não têm
acesso à rede geral de distribuição de água. O número corresponde a 46% do
total de domicílios no estado e à moradia de 740 mil rondonienses. O indicador
é o segundo pior do país, ficando atrás somente do Amapá (50,1%). Na outra
ponta está o estado de São Paulo com apenas 3,4% dos domicílios sem acesso à
rede geral de água.
Entre os domicílios
rondonienses com acesso à rede de distribuição de água, em 43 mil, a rede geral
não é a principal fonte, sendo que, em 97,8% deles, a principal fonte são poços
profundo ou raso.
Sobre o acesso à rede
de água, o Censo mostra que, em três municípios rondonienses, mais de 90% dos
domicílios não têm ligação com a rede geral de distribuição de água: Vale do
Paraíso (97,9%), Governador Jorge Teixeira (94,6%) e São Francisco do Guaporé
(90,7%). Vilhena tem a menor proporção de moradias sem acesso à rede de água:
5,4%, seguido de Cacoal (17,5%) e Pimenta Bueno (20,4%).
Da mesma forma que em
relação ao abastecimento de água, Rondônia tem a segunda menor proporção de
domicílios com esgotamento sanitário ligado à rede geral, rede pluvial ou fossa
séptica ligada à rede. No estado, 13,6% dos domicílios estão nesta situação,
correspondentes a quase 209 mil moradores. O Amapá tem a pior taxa do país –
12,1% dos domicílios - e São Paulo a melhor – 91,3%.
Entre os municípios
rondonienses com as maiores proporções de domicílios com esgotamento ligado à
rede geral, rede pluvial ou fossa séptica ligada à rede estão: Cacoal (67,2%),
Cerejeiras (58%), Alvorada d’Oeste (42,5%), Cacaulândia (33%) e Porto Velho
(23%). Na outra ponta, há 21 municípios rondonienses com menos de 1% de
esgotamento ligado à rede geral.
Os dados do Censo
também mostram que Rondônia tem a maior proporção de domicílios que utilizam
fossa rudimentar ou buraco como forma de esgotamento sanitário. São 326 mil
moradias, que correspondem a 58,8% do total de residências e a quase 926 mil
pessoas (58,9% da população).
Em 16 municípios
rondonienses, a fossa rudimentar é o tipo de esgotamento em mais de 90% dos
domicílios: Governador Jorge Teixeira (99%), Monte Negro (97,9%), Primavera de
Rondônia (96,9%), Corumbiara (96,2%), Santa Luzia d’Oeste (95,9%), Rio Crespo
(95,4%), Teixeirópolis (94,9%), Castanheiras (94,9%), Vale do Anari (94,2%),
Urupá (93,1%) Vale do Paraíso (92,9%), Cujubim (91,5%), Parecis (91,2%),
Machadinho d’Oeste (90%), São Felipe d’Oeste (90%) e São Francisco do Guaporé
(90%).
Rondônia tem a quinta
menor taxa de domicílios atendidos com coleta de lixo
Em relação ao destino
do lixo, o Censo aponta que, em Rondônia, a coleta por serviço de limpeza
ocorre em 79,5% (441 mil) dos domicílios, sendo a quinta menor proporção do
país. Em 18,3% (101 mil) das residências rondonienses, o lixo é queimado –
quinta maior proporção entre as Unidades Federativas; em 1,5% das moradias, o
lixo é enterrado e, em 0,72%, é jogado em área pública ou tem outro destino.
Os municípios
rondonienses com as maiores proporções de domicílios com coleta de lixo são:
Vilhena (94,8%), Ji-Paraná (93,2%), Porto Velho (91,9%), Ariquemes (90,4%),
Rolim de Moura (87,1%) e Cerejeiras (87%). Já os com as menores são: Nova União
(31,1%), Campo Novo de Rondônia (32%), Governador Jorge Teixeira (33,9%),
Theobroma (36,1%) e Castanheiras (37,9%).
Considerando a queima
do lixo como destino dos resíduos, a operação censitária demonstra que em nove
municípios rondonienses ela ocorre em mais da metade dos domicílios: Nova União
(63,2%), Governador Jorge Teixeira (61,6%), Campo Novo de Rondônia (61,2%),
Theobroma (58,8%), Castanheiras (55%), Rio Crespo (52,5%), Alto Alegre dos
Parecis (52,1%), Parecis (51,4%) e Cacaulândia (51,2%).
Número de
apartamentos aumenta 45% em 12 anos
Analisando o tipo de
moradia, o Censo Demográfico 2022, em comparação à operação censitária em 2010,
constata que, em Rondônia, as quantidades de casas de vila ou em condomínio e
de apartamentos aumentaram mais proporcionalmente que o quantitativo de
residências de todos os tipos.
Enquanto houve um
aumento de 21,8% no total de domicílios permanentes ocupados entre as duas
operações censitárias, passando de 455 mil para 555 mil, as residências de vila
ou em condomínio aumentaram três vezes e os apartamentos tiveram aumento de
45,1%. Em 2010, eram 3.652 casas de vila ou em condomínio, subindo para 13.360
em 2022. Os apartamentos eram 26.342 e foram para 38.220. Já os domicílios tipo
casa tiveram aumento de 18,6%, passando de 423 mil para 502 mil, representando
90,6% das moradias rondonienses.
Em relação ao número
de moradores, o Censo 2022 mostra que 1,4 milhão (92,3%) de rondonienses
residem em casas. Os moradores em apartamentos correspondem a 5,3% (84 mil
pessoas) e os residentes em casas de vila ou em condomínio são 2,2% (35 mil
pessoas) da população estadual. A capital Porto Velho tem a maior proporção de
seus moradores morando em apartamentos (12,9%), seguida por Cacoal (5,2%),
Ariquemes (4,6%), Vilhena (4,2%) e Candeias do Jamari (4,1%).
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