Sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018 - 15h17
*Por Marcelo Thomé
O Brasil vive um momento crucial em que fará a escolha para figurar entre as nações industrializadas e desenvolvidas ou permanecer no bloco dos países que cultuam o atraso e vivem apontando o dedo para inimigos externos inexistentes na tentativa de justificar seus próprios fracassos. Precisamos continuar com as reformas, sendo a da Previdência uma das mais urgentes, dado os efeitos deletérios deste segmento na estabilidade econômica.
Precisamos continuar com as reformas. Há modernizações a serem concretizadas em vários segmentos e a reforma tributária deverá ser o próximo desafio do estado brasileiro.
Será uma missão fácil? Claro que não.
Afinal estamos na América Latina e o que se vê por esse continente é um eterno flerte com o atraso.
É imperativo reconhecer que o caráter reformista do atual ocupante do 3º andar do Palácio do Planalto contribuiu para tirar o Brasil de quatro anos de aguda recessão econômica.
A modernização da Legislação Trabalhista, para cuja aprovação foi preciso vencer os arautos do atraso, é um termômetro do quão bem fazem as reformas ao mercado e à economia de modo geral.
Precisamos superar esse debate rasteiro, essa mentalidade tacanha de que o capital e o trabalho precisam estar, necessariamente, em lados opostos.
O Brasil do futuro pode e deve ser construído por uma conjunção de esforços de trabalhadores e empresários, amalgamando uma sociedade plural, civilizada e fraterna.
Sem antagonismos.
É senil imaginar que o empresário é inimigo do trabalhador.
Trabalho e capital se complementam nos tempos atuais, posto que um não sobreviverá sem o outro, em que pese vivermos em plena era da automação.
Ainda somos uma Nação com pouca vivência de liberdade política e econômica, mas é chegado o tempo de aprendermos a separar as ações políticas do espectro econômico. As nações com maior vivência e mais desenvolvidas já aprenderam essa lição.
Nesta intensa luta pelas reformas que ajudam a modernizar o país, a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia se alia à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as outras 26 federações, que, cotidianamente, empreende esforços para evitar retrocesso na legislação estadual ou briga para que os impostos não avancem ainda mais sobre o ganho dos empresários e dos trabalhadores.
*É presidente da Federação das Indústrias de Rondônia
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