Sexta-feira, 15 de junho de 2018 - 07h49
247 - Ministros do Supremo que ajudaram a formar a maioria que pôs fim às conduções coercitivas se utilizaram do debate para enviar recados mais amplos. Após a decisão da proibição da coercitiva, eles justificaram as longas falas como um alerta de que “a ideologia e o justiçamento” enfrentarão obstáculos no STF.
Ricardo Lewandowski, quase em tom de desabafo, resumiu a sensação da ala vitoriosa: “Hoje, quem venceu foi a cidadania”. Quem conhece o Supremo observa que, ainda que a posição pelo fim das coercitivas não tivesse prevalecido, o modelo de condução de investigados que se tornou célebre na Lava Jato não teria como prosperar da forma como era praticado.
Entre os ministros que votaram pela coercitiva, a maioria condicionou a medida à intimação prévia, quesito que era ignorado pela força-tarefa. A presidente da corte, Cármen Lúcia, votou nesse sentido e condenou “amostragens circenses”.
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