Segunda-feira, 31 de janeiro de 2022 - 11h42
Há coisas que só acontecem mesmo por essas bandas dos hemisférios,
evidenciando que o Brasil é, sim, um país paradoxal, cheio de contrastes os
mais absurdos. Apesar de o ex-presidente Lula aparecer na liderança de quase
todas as pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, uma ala
do PT, temendo protestos e chuvas de ovos, quer mantê-lo o mais distante possível
das ruas durante a campanha eleitoral, o que, na prática, apenas configuraria
confissão de culpa pelos crimes cometidos.
Fato é que, desde que deixou a carceragem da Polícia Federal, em
Curitiba, em novembro de 2019, onde ficou preso 580 dias, pela prática de
vários crimes, solto por decisão da corte suprema, Lula não consegue andar tranquilamente
pelas ruas do Brasil sem encarar protestos e ouvir gritos de ladrão. Para confrontar
a popularidade de Lula com o que dizem as pesquisas, seguidores de Jair
Bolsonaro o desafiaram para uma caminhada com o presidente, sem aviso, pela
avenida Paulista, um dos logradouros mais importantes do município de São Paulo,
mas o petista não respondeu ao desafio, como também não tem respondido os que o
acusam de saquear os cofres da Petrobrás, preferindo sair pela tangente. Caso
contrário, já teria enquadrado seus acusadores, porém, como não o fez até agora
e, certamente, jamais o fará, vale o dito popular segundo o qual quem cala,
consente.
A única coisa para qual Lula tem a resposta na ponta da língua é
sobre o seu flerte com o ex-tucano Geraldo Alckmin, outrora crítico ferrenho dele
e do seu partido, o PT. Contrariando a “companheirada”, Lula quer Alckmin como vice
na sua chapa de qualquer maneira. E justifica a esdruxula união dizendo que,
para garantir o seu retorno ao Palácio do Planalto, o PT precisa fazer uma política
de ampla aliança eleitoral, independente de coloração partidário, afinidade
ideológico ou coisa do gênero. Os fins justificam os meios. Assim, qualquer
iniciativa é válida quando o objetivo é conquistar o poder.
Difícil, no entanto, será encarar o povo nas urnas, pois como
todo mundo sabe, Lula está moralmente enfraquecido pelos escândalos que lhe arranharam
profundamente a imagem de cidadão ético. Apesar de ter sido condenado por
corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha, Lula
ganhou salvo-conduto da mais alta corte do país, mas não consegue sair às ruas
tranquilamente. Aonde vá, onde quer que se ache, o petista é recebido com protestos
e gritos de ladrão. A indignação população é justificável. Não há nada mais em
Lula que o identifique com aquele retirante pobre, que deixou a miséria da
cidade de Caetés, interior de Pernambuco, passou pela presidência do sindicato
dos metalúrgicos, até chegar à presidência da República. Aquele Lula foi
engolido pela Operação Lava-Jato.
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