Domingo, 7 de maio de 2023 - 07h05
A
atual superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Rondônia, Luciana da
Silva Alves tinha apenas 25 anos, quando foram interrompidas as obras do novo
prédio do órgão que ela viria a ocupar, nove anos depois. Ela ingressou na
Polícia Militar do Estado (é natural de Ariquemes), quando tinha apenas 18
anos. Pois foi exatamente quando ela ingressou na PRF, em 2014, que o elefante
branco da nova Superintendência, na BR 364, sentido Guajará-Porto Velho,
começou a surgir. Uma iniciada um pouco antes, orçada na época em 21 milhões de
reais e que deveria ficar pronta em um ano e meio, no máximo dois, já está
parada (pasmem os rondonienses!) há nove anos. O esqueleto está lá, à vista de
quem transita naquela área da BR, como um atestado de incompetência dos
seguidos governos brasileiros em concluí-la. Luciana, a nova comandante da PRF
nada tem a ver com isso. Ela assumiu seu cargo há poucas semanas e, o máximo
que consegue fazer, é andar por gabinetes à busca de explicações e recursos
necessários para que a obra seja concluída o mais breve possível. O que pode dizer, sobre essa obra inacabada,
a atual gestão da PRF? Apenas emitir uma nota, a pedido deste blog, que passa
ao largo das informações mais detalhadas, até porque não as tem. “Devido à
complexidade da obra, contratos precisaram ser revisados, para garantir que o
processo de construção fosse realizado de forma transparente e eficiente. Além
disso, a troca de gestão foi outro fator que limitou o prosseguimento da obra.
Sendo assim, devido à importância de uma nova superintendência da PRF no
Estado, a fim de dar melhoria nas condições de trabalho aos servidores e colaboradores,
a nova gestão se encontra empenhada para que a obra seja retomada o mais breve
possível”. A única informação concreta é que “equipes técnicas da Divisão de
Infraestrutura Nacional estão avaliando o projeto e, assim que o processo for
concluído, a obra será retomada”. Afora isso, o que mais pode fazer a nova
comandante?
O prédio
ficará pronto algum dia? Não se pode perder a esperança, é claro. Mas é bom
lembrar dos rolos que ele já significou, inclusive com uma ação da Polícia
Federal, em agosto de 2019, que teria detectado desvios de 1 milhão e 100 mil
reais na obra, além de superfaturamento e outras irregularidades. Chamada de
“Operação Pare e Siga”, daqueles nomes que a PF cria, com algum tom de ironia,
as investigações apontaram para o então superintendente, que foi afastado do
cargo. Três anos e meio depois da operação dos federais, não se ouve mais falar
no assunto. É como se nada tivesse acontecido. A única coisa que se sabe é que
já houve dura punição. Ela atingiu em cheio a população, que vê, mais uma vez,
o dinheiro dos seus impostos esvair-se, numa obra importante e que, no ano que
vem, vai “festejar” dez anos inacabada. Terá bolo e velinhas?
MDB SONHA COM MARCELO CRUZ NA PREFEITURA DA CAPITAL. O ÚLTIMO
PREFEITO DO PARTIDO FOI JERÔNIMO SANTANA, EM 1985
Uma nova liderança na Capital,
o deputado Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa, está sob os
olhares atentos do MDB, ainda a maior sigla política do Estado. Marcelo preside
o Patriotas, partido aliado de primeira hora ao governo Marcos Rocha, mas o
presidente regional emedebista, Lúcio Mosquini, quer é ver o parlamentar concorrendo
à Prefeitura de Porto Velho. A verdade é que Marcelo Cruz vem ocupando
importantes espaços na política municipal e regional. Foi um bom vereador durante os dois anos na
Câmara da Capital, onde estreou na vida pública, a tal ponto que conseguiu se
eleger para um primeiro mandato de deputado estadual, representando sua
comunidade. Quatro anos depois, Marcelo foi reeleito com o dobro dos votos da
primeira eleição e, ainda, conseguiu o apoio dos seus companheiros de
parlamento, para ser o presidente do Legislativo estadual para 2023/2024. Nos
primeiros meses de atuação, o novo presidente da Casa tem demonstrado liderança
e competência na gestão de um dos mais importantes poderes da vida rondoniense.
Lúcio Mosquini tem dito que Marcelo Cruz é um nome consolidado na política de
Porto Velho, tem popularidade e competência. Todos estes elogios dados em
público, deixam claro que o partido que elegeu um único Prefeito da Capital
(Jerônimo Santana, em 15 de novembro de 1985) quer voltar a comandar a maior
cidade do nosso Estado. Marcelo, por enquanto, não se pronunciou oficialmente
sobre o assunto. Certamente o fará quando considerar a hora certa!
MÁXIMO FALA SOBRE O CLIMA PESADO EM
BRASÍLIA, CRITICA A LEI DA MORDAÇA E ANUNCIA SUBSTITUTIVO DA OPOSIÇÃO CONTRAS
AS FAKE NEWS
Ao participar do programa dos Dinossauros (Papo de Redação, de segunda a sexta-feira, de meio-dia às 14 horas, na rádio Parecis FM) o deputado federal Fernando Máximo fez um relato preocupante sobre o clima político em Brasília, onde os congressistas estão vivendo momentos de temor, não só pelo risco de censura como, ainda, porque muitos deles não sabem até onde podem falar, sem serem alvos de ações do STF. “Só quem está em Brasília, consegue sentir o clima pesado, a situação complicada que estamos vivendo. Há um clima preocupante”, avalia. O parlamentar mais votado em Rondônia e considerado, no famoso Ranking dos Políticos, como o mais destacado na bancada da Câmara Federal, voltou a fazer duras críticas à tentativa do governo Lula de impor censura, no que ele também chama de Lei da Mordaça. Apresentada ao país como uma lei para combater as Fake News, na verdade, afirmou, “o projeto implantaria a censura pura e simples, impedindo que se pudesse usar as redes sociais para dar nossa opinião”. A ideia, reforçou, era uma manipulação do governo para controlar as redes, através de uma agência reguladora composta por gente nomeada pelo próprio governo. A oposição está propondo agora um projeto substitutivo, criado pelo deputado e ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, este sim, combatendo duramente as Fake News, mas passando longe da censura de opinião. Contudo, toda a mobilização dos parlamentares pode ser em vão. O ministro da Justiça, Flávio Dino, já avisou, em vídeo divulgado nas redes sociais, que caso o Parlamento não aprove o projeto da mordaça, o STF poderá ignorar as decisões do Congresso e decidir pelo controle da internet ele mesmo. É aí que começa o risco real de uma ditadura que se desenha, dizem os oposicionistas.
EM
JI-PARANÁ, ISAU, JESUALDO E LAERTE SÃO OS NOMES QUENTES PARA A DISPUTA À
PREFEITURA NO ANO QUE VEM
Assim como em praticamente todas as cidades
rondonienses (e certamente do Brasil!) a sucessão municipal já está na pauta.
Na segunda maior cidade do Estado, Ji-Paraná, o tema, é claro, também faz parte
de todas as rodas de conversas. Por enquanto, apenas dois nomes aparecem com
força, entre o eleitorado. O atual prefeito, Isau Fonseca, trabalha duro, de
olho na reeleição. Aqui e ali ouve-se um ou outro nome, mas os únicos até
agora, com potencial suficiente para enfrentar o poderio de quem está no poder,
é o ex-prefeito e ex-deputado Jesualdo Pires e o deputado mais votado em
Rondônia na última eleição, Laerte Gomes. No mesmo patamar, quem mais poderia
entrar nesta luta? Como ainda falta muito tempo para a definição das
candidaturas, Jesualdo Pires não tem falado sobre o tema, mas quem o conhece,
por sua história, sua ligação com a política e seu amor por sua cidade, poucos
duvidam que ele não aceitará o desafio. Já Laerte é nome quentíssimo e tem sido
instado a entrar na disputa. Certamente estará nela. É esse o quadro deste
momento, a um ano e cinco meses da eleição. Os trunfos de Isau Fonseca, além de
estar no poder, é ter conseguido sobreviver a um período inicial muito difícil,
no seu governo e, ainda, ter o apoio explícito do governador Marcos Rocha. Os de
Jesualdo são muitos: mandatos com realizações até hoje lembradas pela
população, como o avanço da Educação, com escolas que são as melhores colocadas
no ranking do ensino de toda a região norte, além de uma participação destacada
na Assembleia Legislativa. Laerte vem do alto dos seus quase 26 mil votos à
Assembleia, uma experiência de prefeito de dois mandatos e uma presidência de
sucesso na Assembleia. Quem, no final, terá a preferência da coletividade de
Ji-Paraná?
CPI
COMEÇA A RECEBER DOCUMENTOS QUE INDICAM QUE HÁ IRREGULARIDADES NOS DECRETOS DE
CRIAÇÃO DE ALGUMAS DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
Dá pena se ouvir e assistir depoimentos de desespero de pessoas que estão prestes a perder tudo, depois de décadas de trabalho duro, porque viviam em áreas que, anos depois, foram transformadas em Reservas, por decreto, durante a gestão do governador Confúcio Moura. Na CPI que investiga o assunto, que está em andamento na Assembleia Legislativa, não é só isso que toca os parlamentares que dela participam, mas também quem acompanha a Comissão pela TV Assembleia ou pela cobertura da mídia. Já há documentos que comprovariam que algumas das onze áreas tornadas intocadas, mesmo com tanta gente vivendo nelas há anos e anos, não poderiam ter sido transformadas como o foram. O relator da CPI, deputado Pedro Fernandes, por exemplo, afirmou que “recebemos relatórios do Ibama e da Energia Sustentável, dando conta da inviabilidade da criação das reservas”. O deputado Cirone Deiró também participou da CPI e sugeriu a contratação de uma auditoria externa, para avaliar toda a documentação que está chegando à Assembleia, para que a análise feita tenha toda a comprovação técnica e documental de que as pessoas que vivem nestes locais, têm todo o direito de se manter onde estão. Convidada, a deputada dra. Taíssa Souza também se pronunciou: “represento a região de Guajará-Mirim à Ponta do Abunã, da Madeira-Mamoré, e vou falar da angústia de todos os que estão nessa situação. A coisa mais importante para o produtor rural é a dignidade, que se alcança através do título definitivo da propriedade. Recebi várias lideranças falando a respeito da situação da Sedam e dos problemas ali enfrentados”. A parlamentar solicitou ao presidente da CPI, o deputado Alex Redano, a convocação do secretário da Sedam e seus técnicos, para comparecerem à Comissão, no intuito de esclarecer muitos pontos dentro do contexto não só das áreas sob litígio, como ainda para explicar das imensas dificuldades que os produtores rurais têm em ver seus processos andando no órgão. A convocação foi feita para o próximo dia 31, quando haverá nova reunião da CPI.
PRAÇA
DA ESTRADA DE FERRO E NOVA RODOVIÁRIA: AS DUAS BOAS NOTÍCIAS QUE PORTO VELHO
ESTÁ RECEBENDO
Falta muito pouco para a concretização de dois eventos importantes para a coletividade da Capital. O primeiro deles acontecerá mais rapidamente: a entrega ao público da nova Praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Está praticamente tudo pronto nesta fase dos serviços projetados, porque eles continuarão ainda por algum tempo, principalmente no que se refere ao Museu da Estrada de Ferro. Faltam ainda alguns detalhes, que a empresa vencedora da concorrência para administrar aquela área histórica, mas que já estão sendo ultimados. Nesta semana, o prefeito Hildon Chaves e a primeira dama, a deputada estadual Ieda Chaves, lideraram um grupo de autoridades e convidados que foram à Praça da EFMM para acompanharem os últimos retoques, antes da liberação do local ao público, o que pode acontecer ainda no primeiro semestre deste ano. A segunda conquista é também muito importante. As obras da nova Rodoviária, se tudo correr dentro do previsto, podem começar em alguns dias. O prédio antigo já foi demolido. Em seguida começam as obras de infraestrutura, que incluem uma importante obra de canalização. Em seguida, tão logo seja assinado o contrato da Prefeitura, a empresa Madecon, vencedora da concorrência, começará a construção do lindo prédio de dois andares. Ao que tudo indica (até pela empresa que vai realizar a obra, que tem grande respeito no contexto das obras públicas em todo o Estado, incluindo, por exemplo, uma atuação exemplar na conclusão da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã), em menos de dois anos teremos, enfim, uma Rodoviária decente para nossa Capital.
BAGATTOLI
QUER AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE DUPLICAÇÃO DA 364 E LIGAÇÃO COM MANAUS CONTINUA
APENAS UM CAMINHO INFERNAL
Duas das mais importantes rodovias federais
da nossa região continuam no centro dos debates, mas ainda sem definições
claras de como o novo governo brasileiro as tratará. A principal delas, a BR
364, tem projetos de duplicação, desde que privatizada. Já se fala em sistema
de pedágio a cada 100 quilômetros, entre Vilhena e Porto Velho, o que poderia
representar sete pedágios no trecho. Dependendo do valor a ser cobrado, como o
usuário iria bancar todo este custo? A 364 voltou a ser discutida nesta semana,
na Comissão de Infraestrutura do Senado. O senador Jaime Bagattoli, que participou
do encontro, divulgou informações afirmando que será de vital importância a
realização de uma grande audiência pública, para decidir sobre a duplicação,
como fazê-la e debater outros detalhes da mais importante rodovia deste lado da
região norte. Bagattoli quer levar a discussão sobre o que ele chama de
“espinha dorsal para toda a produção agropecuária de Rondônia e de toda nossa
região” para um encontro dos membros da bancada federal com representantes de
entidades, instituições e governo, para que as decisões sobre a BR sejam
aprofundadas e tratadas com a urgência que o tema merece. Já a outra rodovia
das mais importantes, a BR 319, é assunto aparentemente proibido no governo
atual. Enquanto os usuários da 319 passam o inferno para chegarem a Manaus ou
virem a Porto Velho, pelas péssimas condições da estrada, não há qualquer
informação se as obras do chamado Trecho do Meio, cerca de 400 dos 900
quilômetros da rodovia, serão mesmo reasfaltados ou se o projeto do governo
anterior será simplesmente abandonado, por questões ambientais. Por enquanto,
infelizmente, o quadro é esse!
PERGUNTINHA
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