Sexta-feira, 10 de junho de 2022 - 13h45
Há décadas, servidores do Ex-território de Rondônia, contratados até 1991, vêm lutado, dentro e fora dos tribunais, para ingressarem nos quadros da União, mas não tem sido tarefa fácil. Alguns lograram êxito. Muitos, porém, morreram sem conseguir realizar o sonho de serem transpostos para o governo Federal e, como isso, receberem um salário melhor. Outros ainda aguardam, ansiosamente, a chegada desse dia.
Em qualquer dicionário da língua portuguesa, o termo transposição significa ato ou efeito de transpor, alteração, mudança, inversão, salto. No campo político, contudo, a palavra virou sinônimo de esperteza, para dizer o mínimo. Não são poucos os que dizem ter abraçado essa causa, principalmente, em tempos de eleição, como agora. Tantos são os pais da criança, que chega a ser praticamente impossível guardar os nomes de todos eles.
É bem verdade que, no meio desse imbróglio, existem pessoas
sérias e bem-intencionadas, que não podem, por isso mesmo, serem confundidas
com aquele lobo mau da história infantil, que fica só esperando a hora certa
para dar o bote na Chapeuzinho Vermelho. São os arrivistas de plantão, apenas
interessados nas próximas eleições. Há, inclusive, até quem se deixe fotografar
ao lado de autoridades da República para tentar convencer incautos de que
realmente está preocupado com a causa da categoria. No fundo, não passam de enganadores
da consciência social, dispostos a qualquer sacrifício para salvaguardar seus
mesquinhos interesses, ainda que em detrimento do sonho e do sofrimento de
muita gente. Mas eles não perdem por esperar. O relho lhes correrá nos lombos.
É só uma questão de tempo.
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