Terça-feira, 17 de janeiro de 2023 - 16h12
Ele está em todos os segmentos da sociedade: na família, na universidade, no local de trabalho, na partida de futebol do final de semana, na política, porém, são nos comentários a matérias e conteúdos jornalísticos, que a figura do sabujo avulta com mais desenvoltura. Imagino que você não faça a menor ideia de quem eu estou falando. Talvez você tenha o desprazer de conviver com gente assim. É provável que, neste momento, enquanto você está lendo esse artigo, uma dessas criaturas indesejáveis esteja ao seu lado atafulhando sua paciência com conceitos retrógrados e pensamentos carcomidos pela ferrugem do tempo.
E aí, conseguiu identificar o sabujo? Não diga! É o sabe-tudo, aquele tipo de pessoa irritante, que se considera o centro das atenções, que tem uma ideia formada a respeito de tudo, e que está fechada para qualquer coisa nova. Não está escrito na Constituição Federal que o Brasil é um país democrático - ainda que vivamos uma democracia meia boca - então, nesse caso, eu posso expressar minha maneira de pensar, de julgar e de ver as coisas, dentro dos limites legais, ou não? Claro que sim, exceto para o sabichão, para quem só suas ideias e opiniões importam. O Livro de Provérbios chama esse tipo de gente de tola, imbecil, néscio, entre outros adjetivos e substantivos. Isso porque não aceita nem respeita a opinião do outro. Enche a boca para falar em democracia, liberdade de expressão, entre outras coisas do gênero, mas, na prática, não vive o que prega. Comporta-se como os escribas e fariseus dos tempos de Jesus, chamado pelo Mestre de sepulcros caídos, aparentemente formosos por fora, mas, por dentro, estão cheios de imundícia. São os mesmo que o profeta São Batista chamou de raça de víboras, uma linguagem que os religiosos de sua época compreendiam muito bem, cuja finalidade era impedir o estabelecimento do Reino de Deus. A esse tipo de pessoa, que não aceita nem respeita os que pensam diferente, digo-lhe, vá à merda!
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