Domingo, 31 de julho de 2011 - 16h29
Por: João Serra Cipriano
Os grandes meio de comunicação divulgaram essa semana uma notícia que deve ser melhor avaliada pela população e também pelas classes políticas em todos os níveis. Sejam eles vereadores, prefeitos, governadores, deputados ou Congressistas. O fato é que o sinal vermelho da violência atingiu o grau de epidemia no Brasil. “A zona epidêmica de 10 homicídios por 100 mil habitantes, é o índice adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”.
Agora não é mais gancho da oposição querendo atingir os governistas e muito menos, ancoras sensacionalistas dos telejornais. A notícia é que 27 cidades do estado de São Paulo e nas principais capitais brasileiras: Salvador, Recife, Porto Velho, Cuiabá, Manaus, Maceió, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e parte do estado do Pará a onda de violência caminha para uma situação incontrolável. “Olha que os governantes estaduais não registram em suas estatísticas oficiais as ocorrências de morte por arma, quando os vitimados são encaminhados para os prontos socorros e dias depois, acabam indo a óbito”.
A classe política e os partidos políticos brincam com as graves questões sociais em berços esplêndidos da corrupção. Também endêmicas nos gabinetes, aqui em Brasília e na maioria dos Palácios dos 27 estados federados e na grande maioria dos municípios.
Sabe o que é pior do que a constatação do estado endêmico da violência? Digo, é que o governo brasileiro e os seus estados federados não possuem um plano realista de combate a violência buscando dar soluções concretas. Assistimos ações populistas de combate ao tráfico de armas e drogas, como fizeram lá no Rio de Janeiro, que acabaram é expulsaram o crime organizado para os estados vizinhos. Grande parte das organizações criminosas do Rio migrou temporariamente, principalmente para os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e a Bahia.
As operações da "força nacional de segurança" nos centros consumidores de drogas são operações válidas, mas são ações com o intuito de dar satisfações populistas e paliativas aos cidadãos daquelas comunidades mais afetadas, do tipo os morros cariocas. A grande verdade é que as fronteiras brasileiras com os nossos países “hermanos”, ou seja, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Guianas continuam abertas para os dois maiores comércios mundiais e que movimenta bilhões de dólares, seja a cocaína e ou as armas de fogo, com um exército de civis armados.
Eu pessoalmente morei nos estados do Mato Grosso do Sul e Rondônia, ambos fazem fronteiras com o Paraguai e Bolívia e posso alinhavar opiniões claras de que sem um plano nacional e estratégico de contenção dessas fronteiras, os grandes centros populacionais jamais conseguiram minimizar as ondas de crimes e mortes por drogas e armas de fogo. “A dinâmica do crime organizado é superior as operações espetaculosas para agradar a grande mídia e as pressões dos políticos nos gabinetes de ar condicionado, aqui na Capital Federal”.
O governo brasileiro carece verdadeiramente de um plano nacional de combate a violência ligada às drogas e armas de fogo. Um projeto com começo, meio e sem fim para acabar. Com orçamento e ações continuadas. Esse plano de ficar deslocando as tropas da força nacional de um estado para o outro, igual barata tonta, tudo para dizer que estão fazendo alguma coisa, acaba dando mais força ao crime organizado, que também trabalha com inteligência e recursos permanentes de milhões de dólares. Os chefões do crime organizado da América Latina já estão “Institucionalizados” e sabem como ninguém das limitações de um país continental como o Brasil. Sabem das enormes deficiências do governo brasileiro em ter continuidade nas suas ações de repressão ao crime organizado de forma integrada com os estados e municípios. Sabem como as polícias trabalham de forma desorganizadas no que diz respeito à integração das informações e logísticas. Aqui vale ressaltar que a Polícia Federal não pode ser instrumento pessoal do governante (ver artigo da Veja) e muito menos, servir para atender pedidos dos políticos da base aliada.
Como eu relatei no inicio do meu artigo, o fato é que 20 cidades brasileiras lideram o ranking de assassinatos, com taxas acima de 21 homicídios por 100 mil habitantes, sem levar em conta as regiões metropolitanas, formadas por vários municípios integrados, que, como já disse, os governos omite os registros de homicídios quando as vítimas são encaminhadas aos prontos socorros e vem a óbito dias depois. Sito como exemplos as cidades satélites do Distrito Federal, Cidades da Baixada Fluminenses, Regiões Metropolitanas de: São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Manaus, Porto Velho, Cuiabá, Fortaleza, Recife e parte do estado do Pará.
Poucos brasileiros sabem ainda, que quase 40% das delegacias de polícia do Brasil afora, não estão integradas em qualquer sistema de segurança nacional, não tem delegados de plantão e sequer tem instrumentos como máquinas de escrever, computador, telefone, internet, celas e materiais de expedientes para efetivamente registrarem as ocorrências de crimes de morte. Outros estados determinam que as delegacias só coloquem nas estatísticas públicas os crimes de morte em flagrante e excluam terminantemente o registro das vítimas que vieram a óbito nos hospitais e prontos socorros dias após as acorrencias dos atentados. Essa medida é justamente para transparecer nos relatórios oficiais que estariam combatendo a criminalidade.
Outro alerta é que existem mais de 5 mil mandatos de prisão no Brasil para ser cumprindo e não existem mais vagas disponíveis no atual sistema carcerário.
O internauta que me acompanha em meus artigos deve estar questionando o que pode ser feito? Agora, eu digo que devemos agir democraticamente, antes que atinja alguém de nossa família ou de nossa comunidade. Quem sabe fazer como disse o presidente Obama. “peguem qualquer meio de comunicação do tipo: telefone, internet, telegrama” e pressionar os Congressistas de seu estado e cidade. Você deve escrever nos sites de grande circulação comentários de sua indignação e repúdio das propagandas mentirosas de que estão combatendo a criminalidade e na verdade só estão fazendo ações paliativas.
Caso nenhuma dessas atitudes surta efeito imediato, devemos reavaliar a nossa maneira de fazer uso da democracia e o próprio voto. Saiba que todo brasileiro está sujeito a ser contaminado pela epidemia da violência, e a única diferença, é que para esse mau não tem remédio e muito menos vacina do governo federal. Como diz o ditado popular, para a morte por drogas e assaltos por arma de fogo só tem uma saída: o CAIXÃO.
Visite o meu blog: http://joaoserracipriano.blogspot.com/
Fonte: João Serra
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