Domingo, 19 de agosto de 2007 - 15h34
É com muita tristeza que mais uma vez venho abordar o assunto da delinqüência juvenil, enquanto ainda choramos a perca de um irmão e companheiro de labuta, que teve sua vida ceifada em pleno gozo da sua juventude e o que é pior, sem ter dado motivo algum para que esta tragédia se abatesse sobre ele. Eu sei que estou escrevendo ainda sob efeito de fortes emoções, porém não vou me calar, tampouco usar de meias palavras para expressar minha indignação diante da impotência da sociedade civil organizada, em relação aos atos de barbárie que estes bandidos, isto mesmo, bandidos travestidos de menores de idade, praticam contra as pessoas de bem e ficam praticamente sem nenhuma punição.
Eu, que trabalhei mais de vinte anos no serviço de segurança pública, tenho uma visão um pouco privilegiada em relação às demais pessoas. Já vi muita coisa barra pesada na minha frente, como, por exemplo, ter que prender um estuprador de criancinha e manter o autocontrole para não cometer um crime de abuso de autoridade, lesão corporal, tortura etc e tal. Nesses casos, nos temos pelo menos a certeza de que o estado vai julgá-lo e se culpado, condená-lo á uma pena compatível com o seu crime praticado. Ou mal ou bem, o criminoso vai ter que pagar por seu crime. Agora o eu não me conformo é com a condescendência com que a lei trata de menores criminosos, que para mim, não tem diferença alguma dos fora-da-lei maiores de idade. Criminoso para mim é criminoso e pronto. E que fique claro que não estou aqui, me referindo ao sistema judiciário não, por que eles somente fazem cumprir o que os legisladores elaboram nas casas de leis. Não foram os juízes que reformaram a carta magna do país, foram os nossos queridos deputados e senadores constituintes. Não foram os juízes também, que criaram o Estatuto da Defesa da Criança e Adolescente (eca), mais uma vez tivemos aí, as mãos dos nossos políticos. Eu sinceramente queria entender os reais motivos que levam os nosso representantes legais, que supostamente são capazes e bem instruídos, idealizarem e depois colocarem no papel, projetos de lei que vão completamente na contramão do que pensa e necessita a sociedade que representam. Será que os menores têm lobistas assim tão fortes, que o lobi dos votos da maioria da população não consegue fazer valer sua opinião?
Enfim, eu ainda continuo acreditando na força do povo. Este povo que quando necessitou, se mobilizou e com os rostos pintados tirou um presidente da república através de um impeachment. Agora se faz necessário mais uma vez, que haja esta mobilização e de forma ordeira e pacífica, sejam os nossos representas no congresso nacional impelidos a votarem o mais rápido possível a lei que reduz a maioridade penal para 16 anos e que reformulem pelo amor de Deus o nosso ECA. Eu sei que somente essas medidas não são suficientes para mudarmos o quadro da violência no país. Faz-se necessário também uma política educacional eficiente, uma melhor distribuição de renda, uma maior atenção por parte da União no quesito segurança pública é o endurecimento das leis penais. Porém temos que começar de algum lugar e creio ser o mais sensato a reformulação das leis, para não nos tornarmos reféns da delinqüência juvenil. Quanta lagrima ainda temos que chorar para que as autoridades tomem as providências necessárias?
Fonte: Máximo Nobre, nobreseis@hotmail.com
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