Segunda-feira, 18 de janeiro de 2021 - 13h42
A agência do Banco da
Amazônia localizada na avenida Sete de Setembro com Salgado Filho, região
central de Porto Velho, foi palco de um assalto na manhã de sexta-feira (15),
quando dois criminosos roubaram aproximadamente R$ 50 mil de um empresário e
seu funcionário. De acordo com informações da polícia, na fuga os bandidos
começaram a disparar e os tiros atingiram as vidraças da agência e uma
caminhonete.
Por sorte ninguém foi
atingido pelos disparos, mas o ocorrido sinistro gerou um clima de terror para
funcionários e clientes que estavam na agência naquele momento. Uma funcionária
do banco, que está grávida, passou mal e uma unidade do Samu foi acionada para
atendimento médico.
Um outro funcionário,
em depoimento ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de
Rondônia (SEEB-RO), narrou o clima de pânico criado naquele momento, e
enfatizou a sensação de medo e insegurança que tomou conta de todos que
trabalham naquele estabelecimento.
“Eu fui o primeiro a me
jogar no chão na hora do tiroteio. Trabalho de frente pra janela que foi
atingida. Eu ouvi os estrondos e vi o buraco abrindo na parede. Fui o primeiro
a me jogar no chão, o primeiro do meu andar. Em seguida, os outros também se
jogaram. A sensação era de puro terror, e permaneceu assim até alguém dizer que
os veículos dos envolvidos já tinha ido embora. O buraco da bala ainda está lá,
a três metros da minha cadeira. O disparo passou na altura da cabeça (sentado).
O prédio tem três pisos (térreo + dois andares), e foi atingido por balas nas
paredes dos três pisos. E detalhe: As paredes do prédio inteiro são de vidro,
vidro este que não é à prova de balas”, descreveu o funcionário, que não
conseguiu trabalhar nesta segunda-feira pois ainda sofria com o forte abalo
físico e mental (batimentos acelerados, tremores, ansiedade...) gerado com a
cena de crime em seu local de trabalho.
Para Ricardo Vitor,
diretor de Saúde do Sindicato, este crime foi mais uma situação extremamente
preocupante, e infelizmente não se trata de um caso isolado.
“Tivemos, nas últimas
semanas, alguns casos similares ocorridos no Estado, principalmente na capital,
a exemplo do assalto a três clientes de uma agência do Sicoob, no bairro São
João Bosco, em Porto Velho, no dia 28 de dezembro, em que os ladrões levaram
cerca de R$ 81 mil. Por sorte, naquele caso, não houve tiroteio. Mais do que um
caso de segurança bancária, trata-se de um caso de segurança pública. Não é o
vigilante que vai proteger a rua em frente à agência. Precisamos urgentemente
de medidas que protejam não somente os colegas nas agências, mas também os
clientes, a população em geral", definiu Ricardo Vitor, que é funcionário
do Banco da Amazônia.
O Sindicato enviará,
ainda nesta segunda-feira, 18, um ofício à Secretaria Estadual de Segurança
Pública, exigindo uma atenção maior das autoridades na questão da segurança
dentro e fora das instituições financeiras no Estado, como agências bancárias,
cooperativas de crédito e casas lotéricas.
“Sabemos que a Polícia
sofre com o déficit no efetivo, em viaturas e equipamentos, e que tem uma
gigantesca demanda de ocorrências para atender, mas ainda assim entendemos que
uma presença mais regular, mais frequente de policiais ou viaturas nas
imediações das instituições financeiras causa um significativo impacto nas
intenções dos criminosos. A simples presença de uma viatura policial nesses
locais pode impedir esse tipo de crime e, consequentemente, salvar a vida de
funcionários, clientes, usuários e da população das proximidades”, mencionou
José Pinheiro, presidente do Sindicato.
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