Aos poucos vai se configurando, com as constantes prisões de traficantes transportando cocaína da Bolívia pelo território rondoniense, a volta dos cartéis para o nosso estado. Em 2006 já foi quase uma tonelada de pó apreendida pela Polícia Federal e desde então já se percebia que os cartéis do narcotráfico voltaram a centrar esforços em Rondônia depois de algum tempo agindo nas fronteiras do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Apupados pelas grandes operações anti-drogas em outros estados e aproveitando quase 1000 quilometros de fronteira desguarnecida, os barões do pó voltaram para Rondônia onde pintaram e bordaram até os anos 90.
Urge melhorar a fiscalização no aeroporto internacional Jorge Teixeira, na própria pista do aeroclube (no passado o pó rolava adoidado por ali) e nas barreiras rodoviárias. Existem vários corredores identificados, seja em Guajará Mirim, na região de Costa Marques, ou de Pimenteiras. Todos eles conduzem a BR-364 que liga Rondônia aos grandes centros consumidores.
Infelizmente Rondônia não está aparelhada e muito menos tem material humano suficiente para conter esta escalada dos cartéis de Calli e Medelim na região. Não temos sequer embarcações para fiscalizar o ingresso dos traficantes pelos rios Mamoré e Guaporé. É preciso que todos se mobilizem para gritar por socorro, pedir reforços e forçar uma tomada de posição das autoridades.
Num estado onde a criminalidade já é enorme, preocupa esta corrida de traficantes para Rondônia. Neste lastro vem outras modalidades de crime, como se sabe. Onde narcotráfico é presente, o crime organizado se reforça e corrompe até políticos e autoridades. Em Rondônia isso não é nenhuma surpresa, já que já tivemos até deputado federal preso pelo tráfico de cocaína nos anos 80 e um outro parlamentar cassado pelo envolvimento no tráfico de entorpecentes nos anos 90.
Que o sr. Ministro da Justiça, não se faça de surdo as necessidades rondonienses. É preciso agir com mais seriedade neste embate com o crime organizado. A União tem uma grande dívida a resgatar com nosso estado. A construção da penitenciária federal é apenas um tímido início. Melhor seriam lanchas equipadas, armamento pesado e a contratação de pelo menos uma centena de agentes federais para agir nas regiões fronteiriças.
Fonte: gentedeopinião
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