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CHEFE DE EQUIPE DE TOMBAMENTO DA SEDUC ABRE O JOGO


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Implicada através de manobras do Diretor, dos Chefes de Pátio e Administrativo e outros funcionários corruptos nos desvios de 177 centrais de ar do almoxarifado da SEDUC, em 2011, a servidora pública SÍLVIA MARIA AYRES CORREA resolveu abrir o jogo, falar a verdade e nominar participantes em atos de prevaricações, improbidades administrativas, furtos, peculatos, fraudes, estelionatos e/ou desvios de bens materiais comprados pelo Estado.

Em um áudio, SÍLVIA revela para Marilza Rodrigues Lima e João Paulo Rodrigues Lima, irmãos do servidor Moisés Rodrigues Lima, crer que o assassinato deste funcionário teria acontecido devido uma confusão no barco Nossa Senhora Aparecida, e decorrente de “tiração de sarro” os caras do barco teriam jogado ele no rio Madeira; sendo que os servidores ABDON JOSÉ DA SILVA SALES, RAIMUNDO JOSÉ FERREIRA e MARCOS ALEXANDRE CAMARA, funcionários que também estavam a bordo, ficaram calados porque foram ameaçados.

SILVIA disse que ninguém tomou providências com relação à roubalheira no almoxarifado da SEDUC, pois tentou alertar sobre esses fatos, mas um grupo de funcionários se reuniu e foi falar mal dela para a Secretária IZABEL DE FÁTIMA LUZ, e ela acabou saindo de lá porque quis, vez que não tinha clima pra ficar lá e se fosse ao Ministério Público ninguém a teria tirado de lá. Via que a vagabundagem era tão grande que queriam tirá-la para ficar com traquinagem, e que até o Deputado Zequinha Araújo foi ao Palácio do Governo para pedir a transferência dela.

SILVIA afirma ainda que o Chefe de Pátio do Almoxarifado da SEDUC chamado EDGARD JOHNS CUELLAR JÚNIOR, o “nego Edgard”, escondia as placas de tombamentos dos materiais que estavam sob a sua responsabilidade e só depois de três meses as colocava na sua sala, com a finalidade de derrubá-la. Disse ainda que o Diretor RODRIGO BARROS WILLIAMS tinha conhecimento destes atos, mas não adotava nenhuma providência, prevaricando e participando dessas falcatruas. RODRIGO aparecia com documentos que EDGARD se apropriava indevidamente. Em certa ocasião, EDGARD foi a sua casa levar um presente, um “cala boca” para tentar acalmá-la.

Essa revelação de SILVIA não é fortuita, porém se deve ao fato de o Ministério Público estar cobrando providências cabíveis por parte da administração pública estadual, particularmente da SEDUC, e também em razão da constatação dessas irregularidades pelo Tribunal de Contas (conforme Processo Nº 0549/2011-TCE RO, publicado no Diário Oficial).

O Tribunal de Contas multou SILVIA em mais de quinhentos mil Reais pelos ‘desparecimentos’ das centrais de ar, e o Ministério Público requisitou a instauração de Inquérito Policial para apurar criminalmente as responsabilidades pelos prejuízos aos cofres do Estado. Todavia, em que pesem todas as provas documentais, todos os indícios de autoria e materialidade dos crimes cometidos, tais Inquéritos não foram concluídos e se arrastam há mais de quatro anos.

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É fato que ilícitos foram cometidos contra o erário por funcionários, fornecedores laranjas, empresários e outros partícipes. Esses crimes vão de fraudes em documentos que atestavam a entrega de uma quantidade de bens, na prática, muito menor em relação a que constava na nota, como no exemplo da empresa PRIMETECH de Humaitá-AM que deveria entregar 450 centrais de ar até o completo e inexplicável ‘desaparecimento’ constatado pelo TCE de mais de um terço desses bens materiais comprados com o dinheiro do contribuinte; passando pela omissão dos gestores, a utilização de laranjas até os peculatos.

De modo óbvio, as personagens envolvidas nas cenas criminais e nos bastidores do almoxarifado da SEDUC não confessam suas efetivas participações quando convocadas por Delegados, Promotores e Comissões de Sindicância e Processos Administrativos; até porque já estão orientadas por Advogados, com a rara exceção de um delator que há mais de dois anos contou todos os detalhes desses esquemas à Polícia, está submetido a processo administrativo e foi afastado das funções públicas. Entretanto, essas pessoas que tomaram conhecimento ou participaram desses crimes contra a administração pública, quando acham que estão à vontade acabam emitindo opiniões, falando pormenores comprometedores, citando nomes e abrindo o verbo, melhor dizendo, abrindo o jogo para amigos e pessoas conhecidas.

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