Maior causa de morte entre jovens até 35 anos, a violência no transito vem sendo combatida de forma acirrada
Observados durante o primeiro semestre de 2013, dados apontam cruzamentos com maior índice de acidentes de transito. Considerada a mais perigosa, a Avenida Pinheiro Machado com Rafael Vaz e Silva registrou 21 acidentes; seguida pela rua Dom Pedro II com Rafael Vaz e Silva que possui 16 casos. A Avenida Dom Pedro II com Tenreiro Aranha também possui 16 acidentes, acompanhada pela Avenida Rio de Janeiro com Buenos Aires com 12 e Avenida Pinheiro Machado com Buenos Aires com 10 acidentes.
Segundo demonstrativo do sistema de atendimento geral do Pronto Socorro João Paulo II, no ultimo mês foram atendidas no setor de emergência 574 vítimas de violência do trânsito, representando um aumento de 17% ou 127 vitimas em comparação ao mês anterior. O que comprova que embora o número de acidentes com vitimas tenha reduzido, o numero de mortes aumentou.
Os motociclistas lideram as estatísticas com 78% dessas ocorrências, com 447 casos. Cinco mortes foram registradas por politraumatismo grave e traumatismo craniano, todos motociclistas. Na maioria das vezes os feridos chegam mutilados, apresentando fratura exposta, politraumatizadas e com várias lesões, explica a assessoria de imprensa da unidade.
EDUCAÇÃO
Para o comandante da Cia de Trânsito, Major PM Lisboa, a educação é a palavra-chave, principalmente nos horários de picos. “Uma das condutas fundamentais é mudar o comportamento no transito, ser mais cortês”, recomenda. Ele alerta ainda que, ao chegar a um cruzamento, mesmo o condutor estando na preferencial e havendo sinalização no local, se deve reduzir a velocidade e estar atento.
“Melhorar a formação dos condutores é um ponto importante nesta ‘guerra’”, afirma o Major Lisboa. “90% dos acidentes de trânsito acontecem devido ao comportamento do condutor”, assevera o comandante da Cia de Transito.
Acidentado no ultimo dia 30, no cruzamento da Avenida Rio de Janeiro com Princesa Isabel, em Jaru, o mototaxista Jaimir de Lara, de 47 anos, está há seis dias no Pronto Socorro João Paulo II, onde aguarda operação ortopédica na fíbula do pé esquerdo.
Vítima da violência no trânsito, Jaimir afirma que, “o pessoal no trânsito precisa estar atento. O motorista não respeitou a sinalização e agora eu estou prejudicado, impossibilitado de trabalhar”, conta o pai de família.
“Foi uma falha minha, poderia ter prestado mais atenção. Pensei que ia morrer. Mas poderia ser pior se eu estivesse mais rápido e sem capacete, o acidente teria sido fatal”, conta Deuzimar Fagundes da Silva, de 35 anos, de Urupá, que também sofreu acidente.
Fonte: Romeu Noé
Foto: Cia de Trânsito
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)