Quinta-feira, 25 de janeiro de 2024 - 13h27
O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Centro de
Atividades Extrajudiciais (CAEX) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (GAECO), Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, com o apoio
operacional da Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), deflagrou nesta
quinta-feira (25/1/2024) a Operação Avatar em Guajará-Mirim/RO, com a
finalidade de dar cumprimento a 6 (seis) mandados de busca e apreensão, 2
(dois) afastamentos de mandato de cargo público, bem como proibições de acesso
a órgãos públicos municipais e contato de investigados com vítimas e
testemunhas, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia
(TJRO).
O objetivo da operação é colher elementos probatórios para instruir
Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em curso no MPRO sob autorização e
supervisão judicial do TJRO, que apura, entre outros, os crimes de nomeação
ilegal de servidor (art. 1º, inciso XIII, do Dec. Lei 201/1967), usurpação de
função pública (art. 328 do Código Penal), peculato-desvio (art. 312 do Código
Penal), peculato de uso de bem público (art. 1º, inciso II, do Dec. Lei
201/1967), falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal), corrupção passiva
(art. 317, § 2º, do Código Penal), desacato (art. 331 do Código Penal) e fraude
processual (art. 347 do Código Penal), além de associação criminosa (art. 288
do Código Penal), supostamente envolvendo agente político e servidores da Prefeitura
de Guajará-Mirim, e de outras pessoas desprovidas de vínculo funcional direto
com aquele Poder Executivo, envolvidos ou beneficiados com o esquema.
São cumpridos os mandados de busca domiciliar, pessoal e veicular em
residências, escritórios, propriedade rural e na Prefeitura de Guajará-Mirim,
além das ordens judiciais de afastamento de mandato e cargo público.
A execução da operação conta com a participação de Promotores de
Justiça, Policiais Civis e Militares, Perito Criminal e servidores lotados no
CAEX e no GAECO, bem como as equipes da 2ª Delegacia de Repressão às Ações
Criminosas Organizadas (DRACO 2), Delegacia Especializada em Repressão a
Furtos, Roubos e Extorsões (DERF – Patrimônio), Delegacia Especializada em
Crimes contra o Consumidor (DECCON) e Delegacia Especializada em Repressão a
Crimes Contra a Vida (DERCV – Homicídios).
O nome atribuído à operação é uma referência às figuras comumente
utilizadas em comunicações e comunidades virtuais para multiplicar e mascarar a
identidade da verdadeira pessoa que está participando de determinadas
atividades na internet, similar ao modo de atuação identificado no caso, no
qual foi constatada a colocação de pessoas em cargos e funções estratégicas na
Prefeitura de Guajará-Mirim apenas como figuras representativas, quando, na
verdade, as decisões e determinações para as práticas ilícitas advinham e eram
controladas pela liderança do esquema investigado.
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