Quarta-feira, 16 de junho de 2021 - 13h05
Instituída em junho do ano passado, a Campanha Sinal Vermelho contra a
violência doméstica é o primeiro resultado prático de um grupo de trabalho
criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para elaborar estudos e ações
emergenciais de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica durante a fase
de isolamento social para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. A ação
consiste em marcar com um “X” em vermelho na palma da mão, podendo ser feito
com caneta ou mesmo batom. O gesto sinaliza que a vítima está em situação de
violência.
Inicialmente, as farmácias e drogarias aderiram a campanha ao prestar
acolhimento à mulher agredida, por serem locais considerados neutros e
amistosos. Ao deparar com o gesto que comunica a existência de um crime, os
atendentes das farmácias ou drogarias ligavam, imediatamente, para o 190 e
reportavam a situação. Logo, no começo da campanha, mais de 10 mil farmácias e
drogarias se tornaram parceiros no projeto. Em Rondônia não foi diferente, pois
as principais redes também aderiram à campanha.
A presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia
(Ameron), juíza Euma Tourinho, lembra que o movimento ganhou grande repercussão
no Estado e provocou o Legislativo estadual a criar um Projeto de Lei que
institui o Sinal Vermelho como pedido de socorro às vítimas de violência
doméstica em Rondônia. “Essa lei é de autoria dos deputados estaduais Eyder
Brasil e Neidson Soares que sensibilizados com o aumento da incidência dessa
violência, principalmente durante a implantação das medidas restritivas, propuseram
essa legislação como forma de legitimar esta ação que ganhou projeção e enorme
repercussão nacional. A lei teve seu texto votado durante campanha feita em
todo o mês de março pela Ameron, de combate à violência, no shopping da
cidade”, explica a magistrada.
No mês passado, o Governo do Estado de Rondônia sancionou a referida
legislação que tipifica o “X” na palma da mão como pedido de socorro para
mulheres em situação de violência doméstica e familiar. O texto havia sido
protocolizado em março pela Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia e
aprovado em abril pelo Plenário. A normativa estadual estabelece pontos
estratégicos para a vítima sinalizar o “X” como forma de reportar o crime em
alguns estabelecimentos comerciais como farmácias, hotéis, pousadas e bares.
Até o momento são onze estados que regulamentaram a iniciativa, além de
Rondônia, legislações similares foram sancionadas no Acre, Alagoas, Distrito
Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e
Sergipe.
Segundo o Fórum Nacional de Violência Pública, uma mulher é agredida a
cada dois minutos no país. Em 2019, foram registrados 1.326 casos de
feminicídio, enquanto que em 2016 – um ano antes da promulgação da reportada
Lei – foram contabilizados 929 casos. No início de março do ano passado -
quando iniciou a implantação das medidas restritivas para contenção da
propagação da COVID-19 na maioria dos estados -, o Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos anunciou 105.821 registros de denúncias de
violência contra a mulher.
“Tivemos avanços na área, como a tramitação do Pacote Basta no Congresso
Nacional, com regulamentação de vários outros tipos penais, como o Stalking e
o feminicídio, dentre outros. Estamos avançando. O tema exige um engajamento de
toda a sociedade e a magistratura se portou como protagonista na questão,
tamanho o destaque e relevância da carreira para conduzir um tema sensível e
importante a todos”, concluiu a presidente.
Durante a solenidade de comemoração de um ano da implantação da Campanha
Sinal Vermelho, a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB),
juíza Renata Gil, destacou o empenho e a união dos Poderes para conscientizar a
sociedade a respeito do tema. ““Essa campanha é resultado da união de esforços.
Os sonhos podem se tornar realidade. Antes de se tornar política institucional,
como é hoje, no dia do lançamento, em 10 de junho do ano passado, autoridades e
celebridades já viralizaram o “X” vermelho na mão, nas redes sociais. Agradeço
às mulheres e aos homens que têm estado ao nosso lado. Isso é responsabilidade
de todos, é responsabilidade social. E não sou eu quem diz, é a Constituição
Federal”, finaliza a magistrada fluminense
O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
MPF quer informações sobre a cobertura vacinal em escolas de Rondônia
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa) pedindo informações sobre a cobertura vacinal infantoju
Atendendo a pedido de ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o município de São Miguel do Guaporé (RO) a
Contaminação por agrotóxicos, proliferação de animais peçonhentos, crescentes casos de malária e dengue são problemas enfrentados pelos moradores da