Domingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Justiça

Comissão de aprovados no Concurso Público de 2018 entra com ação popular contra a Assembleia Legislativa de Rondônia

Ação popular pede que a Justiça determine à ALE-RO que cumpra a proporcionalidade entre cargos efetivos x comissionados, já que há ações judiciais transitadas em julgado determinando isso. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas indica a ruim ou péssima qualidade de serviços pelo quadro comissionado e a necessidade de pessoal qualificado.


Comissão de aprovados no Concurso Público de 2018 entra com ação popular contra a Assembleia Legislativa de Rondônia - Gente de Opinião

Nesta sexta-feira, 09, uma comissão de aprovados no primeiro e único concurso público realizado pela Assembleia Legislativa de Rondônia (Edital 01/2018) ajuizou ação popular contra a Instituição. O objetivo é que a justiça determine à ALE-RO que dê efetividade a decisões judiciais já transitadas em julgado: Ação Direta de Inconstitucionalidade do Supremo Tribunal Federal, STF (ADI 6963, de 2021) e Tribunal de Justiça de Rondônia, TJRO (0800085-32.2021.822.0000).

Entre os pedidos da ação popular estão: que sejam nomeados os candidatos aprovados pelo concurso público realizado em 2018, em substituição aos servidores comissionados (indicados políticos) em número necessário para o cumprimento da proporcionalidade. Atualmente apenas 10%, ou 230 servidores, são efetivos, os 90% restantes, ou 2140, são comissionados. A ação propõe que esse percentual seja de pelo menos 50%.

O excesso de cargos comissionados atende meramente interesses políticos, como destaca a advogada da comissão de aprovados, Cíntia Paganotto: “É conhecido e notório o pagamento de correligionários das campanhas eleitorais, a prática nefasta do “nepotismo cruzado”, ambos um câncer na Administração Pública, fazendo-a custosa e ineficiente em razão da contratação de pessoas não qualificadas”, pontua. Para os cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração, não há avaliação técnica para a contratação, “Seguem apenas o requisito político, o que fere nosso ordenamento jurídico e preceitos constitucionais”, explica a advogada.

A ação proposta leva em conta que as decisões do STF e TJ-RO têm efeitos retroativos e imediatos. Porém, até o momento atual, a ALE/RO não as cumpriu, devendo promover imediatamente a proporcionalidade entre cargos comissionados e efetivos.

Aprovados – Como o concurso de 2018 ainda está válido e há 6.105 pessoas aprovadas para diversos cargos técnicos, a ALE/RO deveria promover convocações de grande efetivo de aprovados para cumprir as decisões.

Ação popular - A ação popular existe para resguardar direitos coletivos e sociais e pode ser proposta por qualquer cidadão em pleno gozo de seus direitos políticos. Visa anular ato lesivo à moralidade administrativa e ao erário. A comissão de aprovados tem observado ao longo do período que há falta de transparência, moralidade, impessoalidade, razoabilidade e proporcionalidade entre cargos efetivos e comissionados, o que justifica a iniciativa da ação.

Estudos técnicos - No mesmo contrato com a Fundação Getúlio Vargas para a realização do concurso público, em 2018, houve estudo técnico concluindo pela necessidade imediata de contratação de mais que o dobro de vagas ofertadas no edital do concurso público, 106. O estudo também expôs a baixa qualidade dos serviços internos da ALE-RO, em que a pesquisa indicou resultados ‘péssimo’ ou ‘ruim’ em alguns setores e a “necessidade de adequação do nível intelectual da equipe".

Gente de OpiniãoDomingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

MPF lança projeto de branding para fortalecer imagem institucional e conexão com a sociedade

MPF lança projeto de branding para fortalecer imagem institucional e conexão com a sociedade

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou ações do projeto de branding da instituição, com o objetivo de fortalecer a imagem institucional e o apr

MPF obtém liminar que proíbe JBS de liberar caminhões com excesso de peso nas rodovias Federais de Rondônia

MPF obtém liminar que proíbe JBS de liberar caminhões com excesso de peso nas rodovias Federais de Rondônia

A Justiça Federal atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que a empresa multinacional JBS se abstenha de liberar caminhões c

Ministério Público de Rondônia, em conjunto com a Polícia Civil e Sedam, deflagra a 4ª fase da Operação “Escudo de Cinzas”

Ministério Público de Rondônia, em conjunto com a Polícia Civil e Sedam, deflagra a 4ª fase da Operação “Escudo de Cinzas”

O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio de seus Grupos de Atuação Especial de Meio Ambiente (Gaema) e de Atuação Especial de Combate ao

Gente de Opinião Domingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)