Segunda-feira, 18 de novembro de 2019 - 12h25
O
deputado estadual Jair Montes (Avante) apresentou requerimento à Mesa Diretora
da Assembleia Legislativa solicitando explicações ao procurador-geral de
Justiça, Aluildo Oliveira Leite, para a citação de seu nome em áudios vazados
atribuídos a promotora de Justiça Aidee Maria Moser Torquato em um grupo de
WhatsApp formado por delegados da extinta DRACO II/Cacoal. Na conversa, ela
questiona se os agentes ouviram alguma conversa cruzada envolvendo o
parlamentar e diz que depois explicaria o caso aos delegados.
No
primeiro áudio, ela diz: “... por acaso nos áudios está aparecendo o ...
esqueci o nome do sujeito, do deputado, peraí, vou lembrar e já retorno”. No
segundo áudio, ela lembra e dispara: “Gente, o Jair Montes tem aparecido nos
áudios, alguma coisa do Jair Montes? Deem uma observadinha se ele cruza alguma
conversa com ele. Aí quando eu chegar explico pra vocês tá?”. Em sua
justificativa para exigir explicações ao MP, Jair Montes interpreta que tanto a
promotora Aidee Torquato quanto os delegados estão selecionando alvos para
então investigar e não fatos concretos.
“Ora
é inconcebível que no atual estágio da nossa democracia, ainda existam
vestígios de uma investigação seletiva, onde primeiro é escolhido quem será
investigado, para somente após se buscar algo de irregular contra a pessoa”,
entende o parlamentar. “Daí que reside a verdadeira gravidade no conteúdo do
áudio, qual seja, investigação seletiva. A quem de fato interessa me investigar
e ameaçar, e por qual motivo eu fui o escolhido dentre os vinte e quatro
deputados estaduais vinculados a essa Casa de Leis? ”, pondera.
Os
áudios em que Jair Montes é citado seriam de conversas vazadas do grupo de
delegados que discute a Operação Pau Oco, cuja trama, divulgada pela imprensa
envolveu até o ex-governador Daniel Pereira. A denúncia é alvo de inquérito do
próprio Ministério Público e investigação interna do Tribunal de Justiça, já
que os agentes envolveram o nome do seu presidente Walter
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