Quinta-feira, 24 de outubro de 2019 - 08h33
A magistrada Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, titular do 3º Juizado Especial Cível da Comarca de Porto Velho e atualmente exercendo as funções de juíza auxiliar da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está na Guiné-Bissau ministrando treinamento em mediação para membros do judiciário e da sociedade indicados pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos do país africano. A participação da juíza rondoniense integra projeto de apoio à estabilização do setor da Justiça para a consolidação da paz na nação.
A formação é realizada na capital, Bissau, e foi dividida em quatro turmas de quatro dias. Cada uma tem em média 25 participantes, dentre pessoas que já fazem mediação, escolhidas pelo Ministério da Justiça em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – que financia o projeto e oferece, dentre outras oportunidades, conhecimento em uma rede de cooperação técnica internacional – e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Participam ainda assistentes sociais do sistema de justiça e dos setores de saúde, organizações não-governamentais e integrantes do Centro de Acesso à Justiça (Defensoria Pública local), além de régulos, imames (sacerdotes muçulmanos), padres e pastores que são os integrantes da Justiça tradicional do país, atuando em conjunto diretamente com as diversas formas de pacificação social.
As turmas anteriores foram integradas por equipes mais técnicas, com grande experiência na área, compostas pelos técnicos dos Centros de Acesso à Justiça (CAJ), magistrados, assistentes sociais, jornalistas e representantes de ONGs. O curso seguiu as diretrizes e o programa da Resolução 125 do CNJ, contando com metodologias ativas, como simulação de audiência, para que os alunos pudessem vivenciar a utilização das técnicas sugeridas para a abordagem do conflito.
De acordo com Sandra, que foi professora da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) por vários anos, tendo formado diversas turmas na área de conciliação, participar do curso foi “uma experiência extraordinária, porque a Guiné-Bissau é um país onde já se vivencia culturalmente o empoderamento da sociedade na solução dos conflitos, uma vez que a Justiça tradicional faz exatamente isso, e ter a oportunidade de entender esse mecanismo é, na prática, buscar compreender o caminho de volta que países como o Brasil pretendem fazer”. Ela diz que o debate e a troca de experiências em sala de aula são extremamente enriquecedores: “Trata-se de vivências de homens sábios que são compartilhadas como forma de aprendizagem comum, saio daqui muito mais rica do que cheguei”.
O treinamento coincidiu, ainda, com outro evento internacional de Justiça Restaurativa e por isso também estiveram presentes o Conselheiro Valtércio Ronaldo de Oliveira, que é Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, e o juiz Marcelo Nalesso Salmasso, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que integra o Comitê de Justiça Restaurativa do CNJ, além de João Salm, professor de universidade em Chicago e um dos precursores da Justiça Restaurativa no mundo. O evento foi organizado pela ONG Fundikê na Fae e financiado pelo PNUD e pelo Fundo das Nações Unidas pela Paz.
O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
MPF quer informações sobre a cobertura vacinal em escolas de Rondônia
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa) pedindo informações sobre a cobertura vacinal infantoju
Atendendo a pedido de ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o município de São Miguel do Guaporé (RO) a
Contaminação por agrotóxicos, proliferação de animais peçonhentos, crescentes casos de malária e dengue são problemas enfrentados pelos moradores da