Sábado, 19 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Justiça

Magistratura de Rondônia tem representação nas discussões sobre a promoção dos Direitos Humanos no Judiciário


Magistratura de Rondônia tem representação nas discussões sobre a promoção dos Direitos Humanos no Judiciário - Gente de Opinião

A juíza auxiliar da presidência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, representou a Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron), no webinário “Mães em Luta por Justiça: a Resolução CNJ n. 253/18 e o Papel do Poder Judiciário”, ao ser convidada pela presidente, juíza Euma Tourinho. O evento tratou sobre o movimento de mães de desaparecidos e vítimas de violência com o objetivo de criar uma rede de proteção e informar a sociedade sobre os serviços e programas de prevenção, atendimento e repressão.

O evento contou com a realização de dois painéis: o primeiro teve a participação da juíza federal Adriana Mello; da integrante do Movimento Mães do Brasil, Raquel Gonçalves; e da representante da ONG Mães do Brasil, Lenivanda Souza de Andrade que trataram sobre o tema “Desaparecimento Forçado de Meninas: desafios do Sistema de Justiça”. Enquanto que o segundo painel abordou o tema “Violências pelo Estado” tendo como foco os acontecimentos em que as forças públicas estiveram presentes na morte de crianças e adolescentes. Este último painel foi trabalhado pela juíza da 5ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Adriana Cruz; a integrante do Movimento Mães de Manguinhos, do Rio de Janeiro, Ana Paula Oliveira; e da representante do Movimento Mães de Maio do Nordeste e fundadora do Coletivo Familiares de Vítimas do Estado e Integrante da Coalização Negro por Direitos, Rute Fiuza.

Para a juíza Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, o webinário correspondeu às expectativas propostas. “O objetivo primeiro era conscientizar e debater o tema, pois a ampliação do conhecimento sobre os movimentos de mães e suas necessidades é que permitirá a criação de uma rede de proteção. Essa rede deve incluir o Executivo, a sociedade civil e o sistema de Justiça cuja função é dar acesso às vítimas e seus familiares ao processo, além de informar sobre os serviços e programas de prevenção, atendimento e repressão”, indica a magistrada rondoniense. “Hoje não existem atendimentos no Judiciário ou programas específicos para estas mães. Tudo o que elas tem são os movimentos que foram constituídos e mantidos por elas mesmas. O seminário foi o primeiro passo para avançar na construção de políticas institucionais”, complementa.

Entre as principais dificuldades indicadas e narradas pelas mães estão a discriminação – uma vez que a maioria são mulheres pobres e negras – ou seja, são alvo de preconceitos e maus-tratos desde o primeiro atendimento pela polícia, culpabilizadas e até criminalizadas pelo que ocorreu aos seus filhos; e não possuem qualquer mecanismo de acesso ao Judiciário e tampouco informações sobre o andamento dos processos.

Vale destacar que a Resolução 253/2018 do CNJ propõe que o Poder Judiciário crie instrumentos para o acesso de mães de pessoas desaparecidas ou vítimas de violência ao sistema de Justiça, como parte do plano de atenção às vítimas previsto na normativa. A pauta está no Observatório de Direitos Humanos do CNJ e na comissão de proteção às vítimas

Gente de OpiniãoSábado, 19 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

MPF lança projeto de branding para fortalecer imagem institucional e conexão com a sociedade

MPF lança projeto de branding para fortalecer imagem institucional e conexão com a sociedade

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou ações do projeto de branding da instituição, com o objetivo de fortalecer a imagem institucional e o apr

MPF obtém liminar que proíbe JBS de liberar caminhões com excesso de peso nas rodovias Federais de Rondônia

MPF obtém liminar que proíbe JBS de liberar caminhões com excesso de peso nas rodovias Federais de Rondônia

A Justiça Federal atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que a empresa multinacional JBS se abstenha de liberar caminhões c

Ministério Público de Rondônia, em conjunto com a Polícia Civil e Sedam, deflagra a 4ª fase da Operação “Escudo de Cinzas”

Ministério Público de Rondônia, em conjunto com a Polícia Civil e Sedam, deflagra a 4ª fase da Operação “Escudo de Cinzas”

O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio de seus Grupos de Atuação Especial de Meio Ambiente (Gaema) e de Atuação Especial de Combate ao

Gente de Opinião Sábado, 19 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)