Terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 - 13h19
O Ministério
Público de Rondônia, por meio da Promotoria de Ji-Paraná, ofereceu denúncia
contra Adalton da Silva Lopes pela prática de homicídios dolosos triplamente
qualificados.
No
entendimento do Promotor de Justiça Pedro Wagner Pereira Júnior,titular da 5ª
Promotoria de Jí-Paraná, responsável pelo caso, o delito foi praticado
por motivo fútil, gerando perigo comum e mediante recurso que dificultou a
defesa das vítimas.
Constam nos autos que o denunciado desferiu múltiplos disparos em direção ao
veículo onde estavam Camila Barros Dantas e outros três amigos, um deles
adolescente de 15 anos.
A ação resultou na morte de Camila, de 20 anos, atingida em seu dorso superior
direito por um dos disparos, conforme Laudo de Exame Tanatoscópico.
Consta no inquérito policial que, momentos antes dos fatos, Camila e os amigos
estavam próximos às imediações e dependências da área urbana onde fica situado
o imóvel sede da empresa Depósito de Areia Lopes, que também é a moradia do
denunciado, para realizar manobras do tipo "balão acelerado” ou “cavalo de
pau”. Realizadas as manobras, deixaram o local, porém, não sem antes serem
percebidos pelo denunciado Adalton.
Na denúncia, o MPRO alega que os crimes foram praticados de modo a gerar e
resultar perigo comum, tendo em vista que o denunciado disparou múltiplas vezes
não só em direção às vítimas e ao veículo, mas também nas imediações da rodovia
estadual RO 135, local público de livre circulação de pessoas, do Condomínio
Residencial Ecoville e do loteamento urbano Cidade Jardim, áreas residenciais
com centenas de moradores e frequentadores.
Assim, requereu o Ministério Público que seja instaurada contra o denunciado a
competente ação penal, citando-o dos termos da acusação, observando-se o rito
próprio previsto no Código de Processo Penal, pronunciando-o para que, ao fim,
seja julgado perante o Tribunal do Júri da comarca de Ji-Paraná, órgão
competente para apreciação dos crimes dolosos contra a vida.
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