Quarta-feira, 27 de outubro de 2021 - 15h19
O Ministério Público
de Rondônia mantém a interlocução com órgãos públicos e representantes de
famílias que ocupam área que vinha sendo objeto de reintegração de posse na
última semana em Nova Mutum. O intenso acompanhamento tem como objetivo
assegurar o respeito aos direitos fundamentais dos envolvidos, normativas
estabelecidas acerca do despejo durante a pandemia e o efetivo cumprimento de
decisões judiciais sobre o caso. A operação montada para a reintegração de
posse na Fazenda Norbrasil foi interrompida por determinação do Supremo
Tribunal Federal, na última quinta-feira (21/10).
Na última
segunda-feira (25/10), a Promotora de Justiça Joice Gushy Mota Azevedo esteve
reunida com o Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado, Coronel Alexandre
Luís de Freitas Almeida; dirigentes de órgãos de saúde e de assistência social
do Município de Porto Velho, Defensoria Pública do Estado, além de
representantes constituídos das famílias ocupantes da região.
O encontro articulado
pelo MP foi motivado por notícias de supostas violações aos direitos humanos
ocorridas na região e ainda por informes relacionados ao descumprimento da
recente decisão do STF em interromper o cumprimento da ordem de
reintegração.
Na ocasião, a
integrante do Ministério Público prestou diversos esclarecimentos aos presentes
sobre o histórico de litígio da área de entorno à fazenda Norbrasil,
explicando que a Operação Nova Mutum tem como objetivo dar cumprimento a outras
decisões judiciais para reintegração de posse, o que, conforme explicou, exige
que a Polícia Militar permaneça no local, em observância às ordens relacionadas
às propriedades vizinhas.
Os representantes das
famílias foram ouvidos sobre supostas violações de direitos humanos,
oportunidade em que formularam reclamações e insatisfações. As informações
apresentadas serão devidamente apuradas pelo MP.
Presentes ao
encontro, dirigentes da Secretaria-Geral de Governo do Município, das
Secretarias municipais de Saúde (Semusa), Educação (Semed) e Assistência Social
(Semasf) expuseram as ações no local. Reiterando a impossibilidade de garantir
pleno atendimento às necessidades dos acampados, a Semasf pontuou a importância
de participação do Governo do Estado no trabalho de acolhimento assistência às
famílias.
Ao final, foram
deliberadas medidas voltadas para a melhoria da situação dos acampados no
local, cessamento de eventuais violações de direitos humanos e, ainda, adotadas
providências para a intensificação de canais de diálogo e interlocução entre as
famílias e órgãos envolvidos.
Compareceram
à reunião, o Secretário-Geral de Governo do Município de Porto Velho, Fabrício
Jurado; a Ouvidora Geral da Defensoria Pública do Estado, Valdirene de
Oliveira; Defensor Público do Estado, Sérgio Neves; o Secretário
Municipal de Assistência Social, Claudinaldo Rocha; Secretário Adjunto da
Educação, Basílio Oliveira; Secretária Adjunta da Saúde, Marilene Penati, além
de representantes das famílias e da Comissão Pastoral da Terra
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