Sábado, 1 de março de 2025 - 09h32
O ex-deputado Carlão de
Oliveira foi preso nesta sexta-feira (28) em uma ação coordenada pelo
Ministério Público de Rondônia. Ele estava foragido há vários anos.
O MPRO,
por meio de seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco), em articulação com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Estado de São Paulo e a 1ª Delegacia de Polícia de
Capturas do Estado de São Paulo, na noite de sexta-feira, deram cumprimento a
ordens de prisão expedidas e cadastradas junto ao Banco Nacional de Medidas
Penais e Prisões (BNMP) em face de ex-parlamentar da Assembleia Legislativa do
Estado de Rondônia, que estavam abertos e com status de “Procurado”.
Foi dado cumprimento ao total de 8 (oito) ordens de
prisão, sendo 5 (cinco) em razão de prisão por condenação transitada em
julgado, 1 (um) mandado de prisão preventiva decorrente de condenação não
transitada em julgado, 1 (um) mandado de prisão preventiva e 1 (um) mandado de
prisão em razão de revogação de benefício pelo Juízo da Vara de Execução de
Penas e Medidas Alternativas de Porto Velho – VEPEMA.
As ordens de prisão foram emitidas por Juízes e
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO) contra o
ex-deputado estadual e estavam cadastradas junto ao BNMP entre os anos de 2019
e 2024, objeto de ações penais que apuravam a prática de diversos crimes, entre
os quais os crimes de associação e organização criminosa, corrupção passiva,
peculato, concussão etc.
A soma das condenações já transitada em julgado nos
respectivos mandados é de 72 (setenta e dois) anos, 9 (nove) meses e 25
(vinte e cinco) dias, além de outros processos criminais que já se
encontravam em execução.
Considerando o estado de saúde do ex-parlamentar,
que se encontra internado na cidade de São Paulo, não houve audiência de
custódia, mas continuará internado com escolta policial até deliberação pelo
Poder Judiciário do Estado de Rondônia.
Entre as condenações impostas ao ex-parlamentar,
uma é resultado da “Operação Dominó”, que investigou um esquema de desvio de
recursos públicos na ALERO, entre 2004 e 2005.
O esquema, conhecido como "folha
paralela", envolvia a nomeação de servidores fantasmas que não exerciam
funções na ALERO.
Segundo apurado, o esquema era
liderado pelo ex-parlamentar enquanto Presidente da ALERO e contava com a
participação de quase todos os 24 (vinte e quatro) Deputados Estaduais, que,
juntos, teriam desviado o total de R$ 11.371.646,83 (onze milhões, trezentos e
setenta e um mil, seiscentos e quarenta e seis reais e oitenta e três centavos)
no período de junho de 2004 a junho de 2005.
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