Quarta-feira, 19 de junho de 2024 - 07h56
O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO),
por intermédio de seu Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública (GAESP) e
da 5ª Promotoria de Justiça de Ariquemes, deflagrou, em conjunto com a Polícia
Civil do Estado de Rondônia, nesta manhã (19/6/2024), a Operação Fraternum, com
a finalidade de cumprir mandados de busca e apreensão em residências de 9
(nove) alvos, deferidos pelo Juízo de Direito Plantonista Criminal da Comarca
de Ariquemes/RO.
A investigação visa a instruir Procedimento
Investigatório Criminal (PIC) instaurado no âmbito da 5ª Promotoria de Justiça,
a partir de notícia-crime enviada ao Ministério Público de Rondônia, tendo como
objeto a apuração da suposta prática dos crimes de integrar organização
criminosa (art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/2013), embaraçar
investigações (art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.850/2013), além do crime de ameaça a
uma Promotora de Justiça (art. 147 do Código Penal).
Segundo apurado, dois irmãos condenados no tribunal
do júri estariam arquitetando, de dentro do presídio, ceifar a vida de uma
Promotora de Justiça, sendo que usariam o valor adquirido como proveito de um
dos crimes praticados por eles para financiar a empreitada criminosa.
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e
a 5ª Promotoria de Justiça levantaram as primeiras informações e realizaram
diligências iniciais suficientes a fundamentarem o pedido de busca e apreensão
domiciliar e pessoal, bem como de autorização de acesso aos dados armazenados em
dispositivos eletrônicos eventualmente apreendidos, além da autorização para
afastamento do sigilo de dados telemáticos, tudo em relação às pessoas que,
segundo as informações coletadas, prestavam auxílio aos criminosos.
A Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO)
auxiliou no levantamento de informações sobre qualificações e endereços dos
envolvidos, além de ficar encarregada da execução do cumprimento dos mandados,
com equipes compostas por integrantes das Delegacias da Regional de Ariquemes e
da Comarca de Machadinho do Oeste.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a
Direção da Unidade Prisional também contribuíram com atuação rápida e efetiva,
através de revista realizada nos pavilhões do presídio, por meio da ação do
Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (GAPE), objetivando buscar mais
elementos de informação nas celas em que os alvos estão custodiados.
O nome atribuído à operação advém do latim Frater,
que significa fraterno e faz referência a irmandade, pois, se de um lado há a
irmandade dos criminosos; do outro, está evidente a do sistema de justiça:
Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Penal.
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