Quinta-feira, 15 de julho de 2021 - 16h03

O
Ministério Público de Rondônia ofereceu denúncia pelo crime de organização
criminosa armada contra 18 pessoas acusadas de integrar grupo que planejava,
organizava e executava invasões em propriedades particulares em Rondônia,
notadamente nos Municípios de São Francisco do Guaporé e Seringueiras. Os fatos
foram apurados na primeira fase da Operação Canaã, deflagrada pela da Polícia
Civil.
De
acordo com a denúncia, os acusados agiam em unidade de desígnios e comunhão de
esforços, e promoveram, financiaram e integraram organização criminosa armada,
associando-se de forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, com o objetivo de obter, direta e indiretamente vantagens econômicas,
mediante a prática de crimes de esbulho possessório (invasão com violência e
grave ameaça a pessoa de bem alheio, para o fim de tomar posse), além de outras
infrações penais ainda em apuração, como extorsão majorada, comércio ilegal de
armas, lavagem de dinheiro e outras.
O grupo agia com utilização de armas de fogo para realizar a ocupação e atuava
com violência e grave ameaça, já tendo inclusive elaborado a planta baixa do
projeto de um assentamento, com a divisão dos lotes, em uma fazenda localizada
no Município de São Francisco do Guaporé.
A Organização Criminosa previa funções delimitadas na sua estrutura orgânica,
havendo o posto de liderança - destinada à coordenação e tomada de decisões; de
financiamento e recrutamento - sendo este último incumbido de arregimentar
pessoas para participar nas invasões e permanecer acampado na área invadida ou
comprando lotes da propriedade invadida ou a ser invadida, para, nesta
hipótese, levantar fundos suficientes para aquisição de armas de fogo, manutenção
do acampamento e pagamento aos líderes.
O
esquema também envolvia o chamado braço armado ou grupo de limpeza, que cumpria
a função de invadir a área por meio de violência e grave ameaça, com emprego de
arma de fogo, expulsando proprietários e empregados, tomando posse precária da
terra para dar início ao acampamento, divisão e venda dos lotes; segurança, que
era encarregada de fazer a vigilância ininterrupta da área invadida, a fim de
manter a posse obtida na invasão, valendo-se de armamento e da colocação de
isolamento humano, com utilização de mulheres e crianças, visando a evitar a
atuação do Estado; e, ainda, do acampado, responsável pela montagem de barracos
a fim de dar uma conotação de movimento social pela reforma agrária.
Pela investigação, apenas uma pequena parcela das áreas invadidas era destinada aos acampados, vez que a maior parte destinava-se às lideranças da organização criminosa.
Diante
dos fatos apurados, o MP denunciou 18 pessoas pertencentes ao grupo pela
prática do crime de organização criminosa armada (art. 2º, caput, com as causas
de aumento de pena prevista no §2º, da Lei nº 12.850/2013).
Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
MPRO denuncia 12 pessoas por fraude de R$ 10,5 milhões na compra de testes de Covid-19 em Rondônia
Operação Polígrafo aponta esquema que envolveu ex-secretário adjunto de Saúde e Cônsul Honorário da Índia; Ministério Público pede ressarcimento de

MPF atua para que municípios utilizem políticas públicas e garantam segurança alimentar em Rondônia
O Ministério Público Federal (MPF) alcançou avanços concretos na adesão de municípios de Rondônia ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutri

TJRO confirma condenação solidária de três empresas por fraude via Pix e invasão de App
Por falha na prestação de serviços, três empresas, que integram o sistema financeiro nacional, tiveram as condenações por dano material e moral, sol

O Colégio de Procuradores de Justiça do MPRO aprovou, nesta terça-feira (9/12), em sessão realizada em Porto Velho, a criação de duas unidades espec
Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)