Sexta-feira, 21 de agosto de 2020 - 09h04
O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã
desta sexta-feira (21/8) a Operação Deméter que investiga possíveis fraudes
praticadas em contratos administrativos envolvendo o Estado de Rondônia e
Empresa responsável pelo fornecimento de alimentação aos Hospitais Estaduais.
Foram cumpridos mandados de busca
e apreensão na residência e endereço comercial dos envolvidos, havendo indícios
da prática dos crimes de organização criminosa, fraude ao caráter competitivo
da licitação, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva,
peculato, todos objetivando direcionamento na contratação da empresa
investigada.
O fornecimento da alimentação por
parte da empresa investigada ao Estado de Rondônia iniciou-se em 1º de junho de
2011, sem qualquer previsão contratual, sendo os pagamentos, no importe de R$
6.139.390,05 (seis milhões, centro e trinta e nove mil, trezentos e noventa
reais e cinco centavos), realizados através do procedimento de reconhecimento
de dívidas, até a data de 23 de setembro de 2011.
Após, a Administração Estadual
firmou sucessivos contratos emergenciais e prorrogações ilícitas, os quais
foram objetos de análise por parte do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia,
oportunidade em que se constatou diversas irregularidades que indicavam
restrição à competitividade e o direcionamento das contratações.
De acordo com os relatórios
mencionados, por meio das contratações diretas, emergenciais e direcionadas em
análise, a Secretaria Estadual de Saúde, entre os anos de 2011 a 2019, através
do Fundo Estadual de Saúde, realizou pagamentos no importe de R$ 101.287.941,50
(cento e um milhões, duzentos e oitenta e sete mil, novecentos e quarenta e um
reais e cinquenta centavos) à empresa investigada.
Um dos contratos emergenciais
firmados entre a empresa investigada e o Estado de Rondônia vigorou por 420
dias, ou seja, 240 dias a mais do permitido para esse tipo de contratação, que
é de 180 dias.
A forma pela qual o Governo
realizou as contratações permitiu que fosse perpetuado, dentro do Estado de
Rondônia, sucessivas contratações emergenciais com indícios de superfaturamento
As cautelares buscam ampliar as
investigações, para o início do processo-crime que visa desarticular o grupo
criminoso atuante no Estado de Rondônia, acerca de negociatas criminosas
estabelecidas entre particulares, incluindo pessoas jurídicas, que
consequentemente se beneficiaram dos contratos e os agentes públicos do Estado
de Rondônia que praticaram atos administrativos tendenciosos e ilustrativos
para implementar as fraudes nos certames licitatórios formalizados para
contratação de empresa destinada ao fornecimento de alimentação para a
Secretaria Estadual de Saúde.
Os trabalhos iniciaram a partir
de relatórios elaborados pela Controladoria Geral da União e pelo Tribunal de
Contas do Estado de Rondônia, que dentre outras irregularidades, apresentaram
as seguintes conclusões: montagem de processos administrativos para direcionar
a contratação emergencial à empresa investigada; prorrogações sucessivas das
contratações emergenciais, estendendo sua vigência para além do prazo limite
legal para esses tipos de contratação excepcional; e execução de despesa sem
cobertura contratual com favorecimento à empresa
Todas as irregularidades
apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia serviram para garantir
o cumprimento das negociatas irregulares pactuadas pelos envolvidos, a fim de
garantir o pagamento de vantagens ilícitas aos beneficiados.
O nome da operação faz referência
à Deusa Grega Deméter, que na mitologia grega é a responsável pela colheita e
agricultura, aludindo, portanto, aos alimentos, objeto basilar dos certames
licitatórios investigados.
O Ministério Público Federal (MPF) propôs ação civil pública, com pedido de liminar, para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
MPF quer informações sobre a cobertura vacinal em escolas de Rondônia
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa) pedindo informações sobre a cobertura vacinal infantoju
Atendendo a pedido de ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o município de São Miguel do Guaporé (RO) a
Contaminação por agrotóxicos, proliferação de animais peçonhentos, crescentes casos de malária e dengue são problemas enfrentados pelos moradores da