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Projeto Justiça e Cidadania leva estudantes da rede pública a acompanharem sessão de julgamento no Tribunal do Júri


Projeto Justiça e Cidadania leva estudantes da rede pública a acompanharem sessão de julgamento no Tribunal do Júri - Gente de Opinião


Candidatos ao concurso “Justiça e Cidadania também se aprendem na escola: meu conhecimento faz justiça”, os alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual 04 de Janeiro, acompanharam a uma sessão de julgamento do Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Pedro Sillas Carvalho. Na ocasião, a diretora de Comunicação Social da Ameron, Euma Mendonça Tourinho, recepcionou os estudantes, apresentou as estruturas do Fórum Criminal e explicou sobre as funcionalidades dos diversos ramos da Justiça. A iniciativa faz parte da preparação dos estudantes na elaboração do Concurso de Redação, promovido pela Ameron em parceria com a Emeron, Ciclo Cairu, Supermercados Irmãos Gonçalves e SEDUC.

Observar os interesses dos estudantes do Ensino Médio da rede pública, na busca pelo conhecimento do sistema de Justiça, comoveu a juíza Euma Tourinho, pois oportunidades como essa representam a recompensa por fazer parte, há 20 anos, da magistratura. “Receber os alunos - jovens de hoje - e representantes do nosso futuro social, nos motiva e enche nosso coração de alegria ao perceber o interesse deles pela justiça, cuja amplitude é muito maior do que agir de acordo com a lei, mas buscar o que é justo, contribuir para a justiça no local em que vivem e, assim, poder fazer parte dessa oportuna evolução social que tanto desejamos”, comenta a magistrada.

Diálogo, palestras e motivação, essas são as apostas da professora de língua portuguesa, Suely de Souza, para que os alunos consigam bons resultados no Concurso de Redação promovido pela Ameron, em parceria com a Emeron. “Quando surgiu esse concurso e a possibilidade do magistrado ir até a escola, pensamos que esse era o ponto primordial. Ao estabelecer esse contato, nós começamos a trabalhar e a incentivá-los a participar, distribuindo as cartilhas. Estamos tentando seguir o cronograma, pois conhecer a magistratura é algo muito irreal para eles e tudo isso aqui é muito novo. Ouvi eles falando que depois dessa visita já vão redigir o material de maneira diferente de como imaginava escrever. Quando eles vêm a campo, eles se deparam com uma outra realidade do que observam apenas pela TV ou pelo jornal”, destaca a professora.

A vice-diretora da Escola 04 de Janeiro, Maria Emília Holanda, ficou surpresa com a receptividade dos magistrados e a atenção prestada aos estudantes durante a visita ao Fórum Criminal. “Inicialmente nós iríamos simular um Júri que seria na escola e então, nós tivemos a ideia de trazê-los até aqui. Nós enviamos um ofício para que eles pudessem participar e observar como acontece, conhecer para que os conhecimentos sejam enriquecidos cada vez mais”, ressalta.

A aluna Ana Julia, 15 anos, esteve atenta a todas as explicações para transferir os conhecimentos absorvidos durante a visitação para o papel. “Desde quando chegamos, nós aprendemos bastante coisa. Eu estou anotando tudo para depois fazer a redação e as explicações da doutora Euma vão me ajudar bastante na elaboração do texto”, afirma.

O Daniel Souza, 15 anos, também está entusiasmado com a possibilidade de participar do concurso de redação. “Consegui organizar bem as minhas ideias pelo conteúdo que os magistrados passaram, por vivenciar essa audiência. Eu tenho certeza que vai me ajudar bastante, pois vai facilitar quando eu for pesquisar e redigir a redação. Havia muitas dúvidas, mas agora vai ficar bem mais fácil conseguir escrever”, avalia.

Para o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Pedro Sillas Carvalho, o projeto Justiça e Cidadania nas Escolas oportuniza ao magistrado endossar com o dever social que vai além de julgar, como também prestar o auxílio para formação de futuros cidadãos. “Que a visita possa ser mais uma força de apoio para que esses alunos possam realizar seus sonhos e contribuir com a sociedade”, sintetiza o magistrado.

Concurso de Redação

O cronograma do projeto prevê o desenvolvimento do concurso nas escolas a partir de junho até 10 de agosto, com o prazo para o recebimento das redações e dos relatórios pelas coordenações nas comarcas entre 15 e 30 de agosto. Na primeira quinzena de setembro, os planos e redações serão avaliados, com os resultados divulgados na segunda quinzena, quando também acontecerão as premiações nas respectivas comarcas. O regulamento também prevê que as escolas participantes selecionem as cinco melhores redações que vão representar a instituição na fase final de avaliação.

Os trabalhos devem ser realizados em sala de aula ou em ambiente reservado ao desenvolvimento de atividades educacionais, registrado no formulário de Redação disponibilizado pela organização do concurso, estar devidamente identificado, tratar do tema proposto, realizado individualmente, ser inédito e obedecer à norma culta da língua portuguesa e ao regramento do texto dissertativo. O conteúdo deve ser original, pertinente a temática, ter clareza no desenvolvimento das ideias e correção gramatical do texto.

Para consultar o regulamento completo do Concurso de Redação, basta clicar aqui  

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