Quarta-feira, 16 de maio de 2018 - 10h21
Era para ser um dia de atividade normal quando Júlio Flávio, vigilante, estava indo para o trabalho e um acidente impôs completa mudança de rotina: um veículo de pequeno porte se chocou contra a motocicleta que ele conduzia e com o impacto Júlio sofreu escoriações e quebrou a perna direita. Foi obrigado a parar de trabalhar. 10 meses após o acidente, ele ainda está mancando e sente dor na perna. Para amenizar o sofrimento e ajudar na recuperação, ele participa de sessões de fisioterapia no Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero) e diz que agora está otimista. “As sessões ajudam a diminuir a dor e forçam o exercício, porque temos que exercitar o músculo para ele voltar ao normal, mas da forma correta”, diz.
Júlio Flávio faz parte de uma triste estatística de vítimas de acidentes automobilísticos registrados em Porto Velho e que apresenta números elevados. Para se ter ideia somente nos últimos três meses, o Cero atendeu 633 pacientes e realizou 8.206 procedimentos, 37% dos atendimentos, segundo Riceli Ximenes, coordenadora adjunta da Unidade, são oferecidos para pacientes que se envolveram em acidentes automobilísticos. “A incidência de pacientes vítimas de acidentes de trânsito é alta, mas o Centro também atende os outros tipos de acidentes e doenças crônicas e agudas, como problemas de coluna, por exemplo”, explica.
E casos como o de Ruan da Costa, mecânico de motocicletas, que quebrou o antebraço porque uma moto caiu em cima dele. “Foi um descuido, pensei que o descanso estava armado e não estava”, relata. Ruan está fazendo sessões de fisioterapia há pouco mais de um mês e aos poucos diz estar se sentindo seguro para voltar a trabalhar. “Estou me sentindo bem melhor, estava sem movimentar o braço quando cheguei aqui”, diz.
São os casos de acidente automobilísticos que saltam aos olhos no Centro de Reabilitação. O motorista Alderi Daniel sofreu um acidente na BR-364 sentido Porto Velho – Candeias do Jamari. Na ocasião ele pilotava uma motocicleta e relatou que o motorista que vinha na pista contrária manteve o farol alto e foi essa falta de sensibilidade que fez ele perder o controle da direção e se chocar contra o meio fio. Com a queda, Alderi quebrou a clavícula, a costela e a mão direita. Iniciou as sessões de fisioterapia há cerca de 10 dias. “Agora já estou conseguindo movimentar a mão. Não conseguia fechar”, confessou.
E é a imprudência um dos principais causadores de acidentes automobilísticos, segundo Flávio Maia, fisioterapeuta que atua no Cero. “Diariamente recebemos casos de pacientes com vários traumatismos, vítimas de acidentes de trânsito, principalmente condutores de bicicleta e motocicleta, em decorrência da exposição do paciente”, afirma. “Existem dois fatores que pesam para a ocorrência de acidentes: o trânsito caótico e a imperícia do condutor, por isso é preciso lembrar que o bem maior que está sendo conduzido é sua vida, não custa redobrar o cuidado, para não se tornar vítima de trânsito”, alertou.
No Centro de Reabilitação, os pacientes participam de fisioterapia ortopédica e os casos que apresentam sequelas mais graves, incluem fisioterapia neurológica. Erivelton Alves Lopes participa dos dois tipos de sessão há seis meses. Ele foi vítima de tiro de arma de fogo durante um assalto há dois anos. Passou quase sete meses sem conseguir andar, enfrentou a fase da cadeira de rodas e agora ensaia os primeiros passos. “Ele está numa fase que chamamos de controle. Fora da clínica, caminha mas com o apoio do andador, mas está evoluindo bem”, explica Mônica Amaral, fisioterapeuta, que acompanha as sessões de fisioterapia neurológica realizadas por Erivelton.
ENCAMINHAMENTO MÉDICO
Em média, os pacientes são submetidos a 10 sessões ortopédicos e 20 sessões neurológicas. O Cero também oferece serviços de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psicopedagogia.
Riceli Ximenes explica que os pacientes precisam de indicação médica para ser atendidos no Centro de Reabilitação. “O médico precisa dar o encaminhamento e diagnóstico”, orienta. De acordo com ela, pessoas vítimas de acidentes, no geral são encaminhadas automaticamente para o tratamento fisioterápico, mas os casos de dores crônica ou agudas, inflamação na coluna ou hérnia de disco, a população pode pedir encaminhamento no posto de Saúde. O tempo médio de espera é de 25 a 30 dias. “Nos esforçamos para oferecer um bom atendimento e ajudar os pacientes em recuperação. Geralmente a pessoa chega aqui com baixa estima e conversamos bastante sobre isso: a importância de um atendimento acolhedor”, diz a coordenadora.
O esforço demonstra valer à pena, pois os próprios pacientes comentam espontaneamente sobre o atendimento oferecido no Cero. “O tratamento aqui é muito bom. Olho para o lado e vejo muitas pessoas se recuperando, isso dá força pra gente. Os profissionais são dedicados”, garante Alderi Daniel, paciente que está em franca recuperação do acidente que sofreu na BR-364.
O Centro de Reabilitação de Rondônia fica rua Petrolina, 9960, bairro Mariana, zona Leste de Porto Velho.
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