Sexta-feira, 25 de janeiro de 2019 - 14h55
O Sindicato das Empresas de Navegação no Estado do Amazonas (Sindarma) lamenta a morte do colaborador da empresa de navegação morto por piratas na madrugada desta sexta-feira (25). O marinheiro fluvial de 64 anos foi assassinado e um segurança ferido, após serem baleados em um assalto a uma balsa de transporte de combustíveis, na Ilha do Marapatá no Rio Negro, Distrito Industrial de Manaus.
Os criminosos chegaram em uma pequena embarcação, renderam funcionários da balsa e anunciaram o assalto. Durante o crime, os suspeitos balearam os dois colaboradores.
A presidente do Sindarma, Jéssica Sabbá, e as empresas de navegação se solidarizam com as famílias das vítimas.
O Sindarma reforça o compromisso de reivindicar ações de segurança pública nos rios que banham o Amazonas e região.
Os furtos e roubos de cargas são os principais problemas enfrentados no transporte aquaviário nos rios dos estados do Amazonas, Pará e Rondônia. A criminalidade, que antes ficava restrita as capitais, avançou pelos municípios do interior e tem feito vítimas nos rios.
No Amazonas, os combustíveis são os principais alvos das quadrilhas que também roubam motores de popas, outros equipamentos, pertences de tripulantes e passageiros. As cargas gerais também são alvos dos piratas.
A ação criminosa gera prejuízos para empresas e transportadoras, além de fomentar um comércio ilegal de combustíveis, que abastece o garimpo ilegal de ouro, o tráfico de drogas e fomenta a prostituição infantil.
Os piratas, como são chamamos os criminosos que atuam nos rios, se aproximam das embarcações em lanchas rápidas, rendem e ameaçam tripulantes utilizando armamento de grosso calibre. Em alguns casos, a tripulação é agredida durante a ação dos criminosos. A insegurança que tem feito vítimas pelos rios da região é resultado do avanço da criminalidade e o recuo do Poder Público no combate aos crimes.
O Sindarma e as entidades do setor consideram fundamentais para reduzir os crimes nos rios e ampliar a segurança do transporte aquaviário: a intensificação da fiscalização, a atuação ostensiva da polícia nos rios, além da investigação da Polícia Civil para desarticular as quadrilhas criminosas.
Manaus, 25 de janeiro de 2019
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