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Operação Jurupari: PF combate crimes contra o Meio Ambiente e a União, lavagem de dinheiro e organização criminosa

São cumpridos três mandados prisão preventiva, oito ordens de busca e apreensão e bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas


Operação Jurupari: PF combate crimes contra o Meio Ambiente e a União, lavagem de dinheiro e organização criminosa - Gente de Opinião

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 27/6, a Operação Jurupari, com o objetivo de combater crimes de usurpação de bem público da União, crime ambiental de extração de bem mineral sem autorização do órgão responsável, fazer operar instituição financeira sem autorização, crime ambiental de utilização de substância perigosa ou nociva à saúde ou ao meio ambiente (mercúrio/cianeto), organização criminosa e lavagem de capitais.

A operação mobiliza 20 policiais federais e 10 militares do Exército Brasileiro, que cumprem três mandados de prisão preventiva e oito ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da SJAM, nas cidades de Manaus/AM, Porto Velho/RO e Ponta Grossa/PR.

Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.

A ação é o resultado de atuações criminosas apuradas no período de 2020 a 2023 e que ainda persistem.

 

Sobre a investigação:

As investigações tiveram início em outubro de 2020, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Ji-Paraná/RO, enquanto tentavam transportar 60g (sessenta gramas) de ouro em lingote, sem qualquer documentação comprobatória de origem lícita, avaliado em R$18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais). A partir da apreensão dos aparelhos telefônicos em posse dos flagranteados, foram constatados indícios de extensa rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá/AM.

Ressalte-se que um dos presos foi assassinado no dia 14/10/2020, em frente a sua loja de revenda de carros, na cidade de Curitiba/PR, após ter sido solto na audiência de custódia.

Após a instauração de inquérito policial para apurar os fatos, confirmou-se quem seria responsável pela exploração ilegal de garimpo. Um indivíduo que utiliza sua esposa e uma empresa para facilitar transações ilegais de ouro. Eles também utilizam várias empresas de metais, para realizar a atividade de “esquentamento” do minério (lavagem de ativos).

De igual modo, verificou-se envolvimento de militares de alta patente, que recebiam valores regulares, através da empresa de importação e exportação de minérios. Um militar supostamente repassaria informações privilegiadas e interferiria nas operações de combate aos garimpos ilegais. Sua esposa receberia valores em nome dos investigados.

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