Terça-feira, 6 de novembro de 2007 - 17h37
Operação que fiscaliza garimpos na Amazônia pode ter segunda fase, anuncia Polícia Federal
Depois de instaurar 20 inquéritos, realizar 22 prisões e apreender 87 dragas, além de armas, frascos de mercúrio e ouro extraído irregularmente no Rio Madeira, em Rondônia, a Polícia Federal anunciou o fim da ação, batizada de Operação Iara. Mas ressalvou que em curto espaço de tempo ela poderá ser retomada, caso haja necessidade, e entrar em uma segunda fase.
"A princípio, vamos dar um tempo, até para ver qual será a atitude dos garimpeiros que estavam no local. Apesar disso, nada impede que daqui a um, dois ou três meses, refaçamos a operação. Agora está tudo parado, porque os garimpeiros estão tentando se regularizar nos órgãos ambientais e também buscando as autorizações necessárias para voltarem a dragar. Vamos ver como ficará tudo isso daqui a alguns dias", afirmou o delegado Rolando Alexandre de Souza, um dos responsáveis pela operação.
De acordo com a direção da Polícia Federal em Rondônia, todas as dragas estão paradas, inclusive as que não foram abordadas pela Operação Iara, que durou uma semana – foi deflagrada no dia 29 de outubro. A medida teve como principal objetivo o combate ao garimpo ilegal de ouro no leito do Rio Madeira, que corta os estados de Rondônia e Amazonas.
Do total de presos, 20 pagaram fiança e foram libertados. Os dois restantes foram retidos por porte ilegal de armas.
A rota do ouro extraído ilegalmente começava em Rondônia e ia até a Bolívia, segundo informou o superintendente regional em exercício da Polícia Federal em Rondônia, Marcelo Rezende.
Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil
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