Terça-feira, 14 de junho de 2016 - 05h18
O Ministério Público de Contas é um órgão especializado em contas públicas.
Mesmo com diversos furtos ocorridos desde 2007 e desvios sistemáticos de materiais através de esquemas de falsos recebimentos destes em notas que deram entrada no Almoxarifado da SEDUC, poucos desses crimes foram noticiados e apurados efetivamente.
Em fevereiro de 2013, pouco menos de um mês após a queima de arquivo de um servidor que trabalhava no Almoxarifado da SEDUC, foi que os gestores resolveram comunicar os desvios de centenas de bens comprados com dinheiro público, crimes nos quais os diretores tinham efetiva participação, quer seja pela omissão, quer seja pela ação.
À época dos fatos, imediatamente o Tribunal de Contas de Rondônia realizou fiscalização no Almoxarifado da SEDUC, constatou irregularidades e comprovou os furtos e desvios de televisores, notebooks e centrais de ar.
O Ministério Público de Contas questionou a demora, por parte do então Diretor do Almoxarifado da SEDUC, em comunicar os esquemas de “sumiços” de produtos constantes das notas fiscais, da subtração ou furtos dos bens materiais públicos.
A Ex-Secretária de Educação Izabel de Fátima Luz, o Ex-Adjunto Daniel Gláucio Gomes, o Ex-Diretor do Almoxarifado Rodrigo Barros Williams, o Ex-Diretor de Pátio Edgard Johns Cuellar Junior e o responsável pela empresa Rocha Vigilância Irineu Gonçalves Ferreira, foram enquadrados nos dispositivos legais e RESPONSABILIZADOS pelos rombos causados às contas públicas, conforme o Parecer Nº 0173/2013 referente ao Processo Nº 0727/2013; e Decisão em definição de responsabilidade N. 25/2014-GCBAA.
Em 2015, o Tribunal de Contas determinou que a SEDUC devolvesse à empresa contratada as 200 televisões compradas com os preços superfaturados (furtadas do almoxarifado da SEDUC entre 2012 e o início de 2013), conforme noticiários da capital e do interior nos links abaixo.
http://www.cacoalnews.com.br/2015/01/c-manda-seduc-devolver-tvs-precos.html
Se o TCE e o MPC comprovaram os furtos desse grande número de bens móveis públicos, então por que no âmbito criminal e, com a mesma rapidez, as providências não foram tomadas por quem de direito?
Familiares do servidor morto em decorrência desses inúmeros desvios de materiais, inconformados, não acreditam nas versões apresentadas por três funcionários do almoxarifado da SEDUC e esperam que a polícia esclareça a real motivação do seu assassinato e, da mesma forma como ocorreu junto à apuração dos fatos no TCE e no MPC, que os envolvidos também sejam responsabilizados criminalmente pelos seus atos.
A sociedade, de modo geral, aguarda respostas concretas por parte da Polícia e do Ministério Público no tocante à morte do funcionário supramencionado, bem como, em relação aos crimes de peculatos, furtos e receptação. Afinal de contas, esses crimes foram praticados pelos diretores e funcionários do almoxarifado da SEDUC, além dos receptadores ligados aos integrantes dessa famigerada quadrilha.
Fonte: ORLANDINO SILVA / Vídeos SIC TV
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