Quarta-feira, 25 de maio de 2011 - 09h07
Paula Laboissière
Agência Brasil
Brasília – A Secretaria de Segurança Pública do Pará enviou uma equipe de peritos e de policiais civis ao local onde foram assassinados o extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo da Silva. Ontem (24), a presidenta Dilma Rousseff determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal também seja acionada para ajudar na apuração do caso. (Clique AQUI, e assista reportagem da TV Record).
Os líderes seringueiros foram mortos a tiros na manhã de ontem (24), na área do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta-Piranheira, na comunidade de Maçaranduba 2, a 45 quilômetros do município de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. A delegacia local recebeu a denúncia por telefone. Os corpos já estão no Centro de Perícias Científicas de Marabá e devem ser enterrados hoje (25).
O Ministério Público Federal (MPF) informou que o casal já havia feito denúncias de desmatamento ilegal e informado nomes de madeireiros de Jacundá e de Nova Ipixuna que faziam pressão sobre os assentados e que invadiam terras para retirar madeira ilegalmente.
Informações iniciais da Comissão Pastoral da Terra (CPT) indicam que os extrativistas saíram de casa em uma moto na manhã de ontem e, cerca de 10 quilômetros depois, diminuíram a velocidade para atravessar uma ponte em péssimo estado de conservação. Nesse momento, segundo a CPT, eles foram atacados por dois pistoleiros que estavam de tocaia na cabeceira da ponte.
A pastoral informou que um detalhe confere contornos típicos de pistolagem ao crime: José Cláudio Ribeiro da Silva teve a orelha cortada pelos assassinos. Ele tinha 52 anos e a esposa, 51 anos.
Com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e prevenir queimadas, em menos de quatro dias de atividades, da Operação Hileia, que teve início no
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