Quinta-feira, 6 de outubro de 2016 - 17h14
A Polícia Federal deflagrou hoje (06) duas fases simultâneas da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de recursos do Fundo Nacional de Saúde (Funasa) destinados ao estado do Maranhão. Uma das fases, a Operação Voadores, revelou que mais de R$ 36 milhões foram desviados por meio de cheques.
Três pessoas envolvidas no esquema tiveram a prisão preventiva decretada e 10 foram conduzidas a prestar esclarecimentos sobre os fatos investigados. Também foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão. Os policiais cumpriram as ordens judiciais nas cidades de São Luís e Imperatriz, no Maranhão, em Palmas e Araguaína, no Tocantins, em Goiânia e Arenópolis, em Goiás, e em Juquitiba, em São Paulo.
A primeira fase da Operação Sermão aos Peixes ocorreu em novembro do ano passado a partir de investigações que revelaram que duas organizações privadas responsáveis pela gestão de unidades de saúde pública do Maranhão estavam desviando verbas para enriquecimento ilícito e financiamento de campanha política.
A fase Voadores, deflagrada hoje, mostrou que diretores do Instituto Cidadania e Natureza (ICN), uma das entidades privadas envolvidas nos desvios, sacavam cheques nos caixas de bancos das contas vinculadas às organizações e depositavam em contas pessoais e de pessoas próximas.
Para disfarçar a prática, os cheques tinham valores redondos até R$ 10 mil, o que não exige no banco a identificação de quem saca o valor. A prática é chamada de smurfing. Segundo a Polícia Federal, foram emitidos 4.177 cheques entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013.
Já a fase Abscôndito, deflagrada ao mesmo tempo que a fase Voadores, teve o objetivo de apurar o vazamento e as condutas de destruição e ocultação de provas ocorridas na deflagração da primeira fase da operação Sermão aos Peixes.
À época, o ex-secretário da Saúde do Maranhão, Ricardo Murad, responsável pelo repasse da gestão das unidades de saúde às entidades privadas, divulgou em sua página do Facebook detalhes sobre a operação. Murad foi uma das pessoas que prestaram depoimento na primeira fase. Após ser ouvido, ele divulgou nota negando o desvio de dinheiro público por meio dos contratos com as organizações privadas.
Segundo a Polícia Federal, a divulgação da informação propiciou a destruição e ocultação de provas. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais verificaram, por exemplo, que havia computadores sem o disco rígido.
Além disso, uma aeronave de propriedade do Centro Oncológico Brasileiro (Cobra), também investigada no esquema e que seria apreendida, foi vendida e transferida para outra empresa três dias após a deflagração da operação por preço cinco vezes menor do que o valor de mercado. Segundo dados das investigações, há indícios de que o avião foi comprado com recursos desviados da organização Bem Viver.
Por causa do vazamento de informações, a primeira fase da operação Sermão aos Peixes teve início antes do previsto e contou apenas com o efetivo policial local, o que fez com que os mandados demorassem três dias para serem cumpridos.
Na fase Abscôndito, deflagrada hoje, a Polícia Federal encontrou e apreendeu uma aeronave, que é avaliada em R$ 2,5 milhões. Entre os demais itens apreendidos estão quatro carros de luxo, R$ 77 mil reais e diversos cheques.
A Agência Brasil tentou contato telefônico com o Instituto Cidadania e Natureza (ICN), a organização Bem Viver e o Centro Oncológico Brasileiro (Cobra) por meio dos números informados na internet, mas as chamadas não completaram.
Polícia Militar apreende motos, armas, bloqueador de sinais e celulares roubados
Durante a Operação Maximus, em patrulhamento na Estrada do Belmont com Lauro Sodré, policiais militares do 9º Batalhão receberam denúncia anônima in
PF desarticula esquema de tráfico interestadual de drogas envolvendo policiais em RO e na BA
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, (7/11), a Operação Puritas, para desarticular grupo criminoso responsável por esquema de tráfico int
Nota de Esclarecimento da Polícia Civil de Rondônia
A Polícia Civil do Estado de Rondônia vem a público esclarecer que, conforme sua missão institucional e compromisso com a imparcialidade, não apoia,
PF apreende R$100 mil que seriam utilizados para compra de votos
Veja a reportagem: