Quinta-feira, 17 de novembro de 2022 - 08h26
A Polícia Federal (PF) faz hoje (17) ação contra esquema de
corrupção, fraudes a licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro
envolvendo a Fundação Getulio Vargas (FGV), instituição de ensino e pesquisa
privada com sede no Rio de Janeiro.
A Operação Sofisma cumpre 29 mandados de busca e apreensão
expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio, tanto na capital fluminense
quanto na cidade de São Paulo. Também foram expedidas ordens de sequestro e
cautelares restritivas.
Segundo a PF, o esquema envolvia órgãos federais e
estaduais, que contratavam a FGV com dispensa de licitação. As investigações,
iniciadas em 2019, mostram que havia superfaturamento de contratos.
A instituição era usada “para fabricar pareceres que
mascaravam o desvio de finalidade de diversos contratos, que resultaram em
pagamento de propinas”.
“Apurou-se que, mais do que emitir pareceres inverídicos
que camuflavam a corrupção dos agentes públicos, a entidade superfaturava
contratos feitos por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar
processos licitatórios, encobrindo a contratação direta ilícita de empresas
indicadas por agentes públicos, de empresas de fachada criadas por seus
executivos e fornecendo, mediante pagamento de propina, vantagem a empresas que
concorriam em licitações coordenadas por ela”, informa nota divulgada pela
polícia.
Os alvos da ação usavam empresas sediadas em paraísos
fiscais, como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, para lavar dinheiro e praticar a
evasão de divisas.
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de
imprensa da FGV, mas ainda não recebeu resposta.
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