Sexta-feira, 18 de novembro de 2011 - 08h23
A Polícia Federal prendeu ontem 29 policiais suspeitos de facilitar a ação de contrabandistas na fronteira do Paraná com o Paraguai.
Outras 40 pessoas tinham sido presas até ontem à noite sob suspeita de integrar uma quadrilha de contrabando de cigarros e agrotóxicos.
Ao todo, 43 policiais e outras 65 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada em seis Estados. Os policiais com mandados de prisão são de três corporações: 29 da Polícia Militar, 13 da Polícia Civil e um da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Em uma única delegacia em Assis Chateaubriand, no oeste do Paraná, 12 dos 15 policiais civis lotados foram presos na operação.
Em Curitiba, um PM foi preso enquanto participava de um curso numa academia militar da cidade.
Segundo o órgão, os policiais são suspeitos de receber propina para informar uma quadrilha sobre operações policiais de repressão ao contrabando no Estado.
Ainda segundo a PF, a propina também garantia que os policiais não incomodassem os criminosos quando eles movimentassem mercadoria contrabandeada.
A maioria dos suspeitos é do Paraná, mas a Justiça expediu mandados de prisão em outros cinco Estados (SP, MT, MS, MG, RO).
O número de pessoas envolvidas com a quadrilha chega a 300, segundo a PF. Duzentas e duas já haviam sido presas desde o início das investigações, há 14 meses.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
Ontem, a PF também cumpriu 150 mandados de busca e apreensão em 38 cidades do Paraná. As investigações são conduzidas pela delegacia da Polícia Federal em Guaíra (642 km de Curitiba), na fronteira com o Paraguai.
A região é um dos principais corredores de mercadoria contrabandeada do país.
Fonte: Polícia Federal
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