Quarta-feira, 20 de abril de 2011 - 16h57
A Polícia Federal (PF) prendeu três pessoas nesta terça-feira (19-04), durante fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), que apurou denúncia de exercício ilegal da medicina através de consultas de oftalmologia em Ji-Paraná, interior do Estado.
Cinco óticas foram vistoriadas e, em três, foram constatados existência de consultórios oftalmológicos, com oftalmoscópio e outros aparelhos de uso exclusivo de oftalmologistas, segundo constatou a fiscalização.
Além dos aparelhos, nas óticas autuadas, a comissão de fiscalização – formada por representantes do CFM, Cremero, PF e da Vigilância Sanitária do Estado e do Município – encontrou receitas de óculos e de lente de contato, além de fichários com relação de atendimentos e receituário efetuados por optometristas que foram todos apreendidos pela vigilância sanitária.
A presidente do Cremero, Maria do Carmo Wanssa, afirmou que a fiscalização foi realizada a partir de denúncias de médicos oftalmologistas daquele município e de pessoas que foram atendidas por essas óticas que inclusive apresentavam problemas sérios de visão após a consulta. “O objetivo dessa fiscalização é combater o exercício ilegal da medicina, defendendo a população que credita seu bem-estar e sua saúde nas mãos de pessoas não capacitadas para o exercício médico”, explica.
A equipe de fiscalização do Cremero foi composta pela presidente Maria do Carmo Wanssa, conselheiros federais Hiran Gallo (diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Medicina) e Manuel Lamego. Pelos conselheiros regionais do CRM-RO, Luiz Carlos Souza Pereira e Valter Ângelo Rodrigues; e, representando a Sociedade Rondoniense de Oftalmologia, a oftalmologista Renata Campos Sales, além da vigilância sanitária estadual e municipal de Ji-Paraná e agentes da policia federal.
Os presos vão responder a inquérito na Polícia federal por exercício ilegal da profissão.
Na próxima semana, o Conselho Regional de Medicina encaminhará relatório sobre a fiscalização realizada em Ji-Paraná ao Conselho Federal de Medicina, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, à OAB e à própria Polícia Federal, conselho estadual de saúde e secretaria de saúde que o terá como subsídio para a conclusão do inquérito policial. Estão previstas novas ações desse âmbito em outras cidades.
Fonte: Cremero
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