Quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 - 14h21
PF decide transferir mil homens para as áreas mais longínquas a fim de reduzir crimes ambientais e o tráfico de drogas. Governo anuncia ainda o cadastramento das ONGs que atuam na Região Norte
A migração do crime organizado, principalmente do narcotráfico e em áreas de meio ambiente, fez com que a Polícia Federal transferisse mil agentes para as regiões de fronteira. Setecentos homens serão deslocados ainda este mês e outros 300 até fevereiro. A Amazônia vai ganhar um efetivo quase 25% maior. Segundo o diretor-geral da PF, delegado Luiz Fernando Corrêa, a Região Norte por conta dos diversos crimes, como ambiental, tráfico de drogas, e até conflitos agrários. "Hoje a Amazônia tem um significado mundial e está com um efetivo reduzido", disse Corrêa.
A PF também vai fazer um cadastramento das organizações não-governamentais que atuam na Região Amazônica. O ministro da Justiça, Tarso Genro, determinou o levantamento completo da atuação das ONGs. A portaria foi publicada ontem no Diário Oficial da União. O objetivo do governo é combater a biopirataria, impedir a exploração ilegal de recursos naturais e reprimir agressões à soberania nacional, problemas que estariam ameaçando a região com a colaboração de ONGs custeadas por interesses estrangeiros e grupos econômicos ou religiosos. "A ação das ONGs não pode ser espaço disponível à ação de aventureiros", disse Tarso. A PF tem 90 dias para concluir o levantamento.
Outras áreas de fronteira também receberão um reforço de policiais. A Região Centro-Oeste, que tem Mato Grosso e Mato Grosso do Sul como dois estados onde há grande incidência de tráfico de drogas e armas, o número de policiais crescerá 8,32%. Na Região Sul, principalmente na área de Foz do Iguaçu (PR) e Uruguaiana (RS), a PF terá um ganho de 6,92% no número de policiais. A Região Sudeste terá um efetivo 4,63% maior e o Nordeste, 3,31%.
Segundo o diretor-geral da PF, o efetivo foi distribuído de acordo com a incidência de crimes. A Amazônia Legal, integrada pelos estados da Região Norte e o Maranhão, além de delitos ligados ao meio ambiente, tem registrado diversos tipos de conflitos e até crimes de pistolagem. "Dividimos o efetivo pelo tipo de crime e a incidência", disse Corrêa. "Na Amazônia, por exemplo, nossa atenção vai ser o crime ambiental", completou. Outro motivo que levou a PF a transferir seu efetivo é o deslocamento constante de agentes em operações especiais. "Quando há uma ação, temos que movimentar efetivos de outras regiões, o que é um gasto a menos com a nova medida", explicou o diretor.
Mas o fator principal da decisão de Corrêa é a migração de alguns tipos de crimes, principalmente tráfico de drogas e armas. Quando as quadrilhas percebiam uma ação freqüente da PF em uma região da fronteira, eles mudavam suas rotas para outros pontos. Isso também gerou um novo método de tráfico. "Depois de o Brasil controlar os produtos químicos usados no refino cocaína (acetona e éter, entre outros), os laboratórios começaram a ser transferidos para o nosso país", conta o diretor da PF. Isso ficou constatado em diversas operações realizadas nos últimos anos, conforme Corrêa.
O diretor da PF afirmou que a determinação, a partir deste ano, é trabalhar não apenas em conjunto com as polícias estaduais, mas também atuar em crimes que não sejam de sua alçada, desde que requisitada pelos governadores. "Não vamos nos limitar às trincheiras constitucionais e fechar os olhos para o resto", observou Corrêa, lembrando que nos últimos dois meses, Ceará e Pernambuco solicitaram ajuda à PF para acabar com grupos de extermínio formados nas policias locais. Segundo o diretor da Polícia Federal, a atuação também será na área de inteligência, o que já vem sendo feito no Rio de Janeiro e São Paulo.
Fonte: Correio Braziliense
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