Quinta-feira, 11 de agosto de 2011 - 13h14
(Josias Brito) A Polícia Militar e o GOE (Grupo de Operações Especiais), de Ji-Paraná, estão sendo acusadas de terem apontado armas para vários estudantes da Unir e coagido os acadêmicos. Segundo testemunhas, os policiais ainda usaram spray pimenta para agredir os alunos, além de agredir um Polícia Rodoviário Federal.
De acordo com os acadêmicos que estudam no período noturno, revoltados com a ação dos policiais em ter invadido o campus da Unir sem um mandato de busca e por ver o presidente do diretório acadêmico ser agredido injustamente pelos policiais militares, eles começaram a vaiar e gritar: “Ei, polícia, vai pegar ladrão”. O protesto, todo filmado, foi reprimido pelos policiais que, usando de violência, tentaram impedir os acadêmicos de vaiarem e gritarem. Os estudantes ainda informaram que os policiais usaram spray pimenta e chegaram até apontar armas na cabeça de alguns alunos.
A acadêmica do Curso de Física, Maria disse que o trote era com os alunos de matemática que usavam trigo, tinta e água para fazer a brincadeira, sendo que alguns alunos que não queria participar do trote, ligaram chamando a polícia. Os policiais chegaram na universidade e liberaram os novatos. Maria informou ainda que o presidente do Diretório Acadêmico foi conversa com os policiais e tentar explicar o que estava acontecendo, pois os policiais estavam apontando armas para eles, alegando que estavam fazendo confusão no campus da Unir. A acadêmica informou ainda que durante a conversa, os ânimos se exaltaram e os policiais militares passaram a agredir o PRF, puxando a arma para todo mundo, provocando um tumulto onde alunos e professores saíram correndo com medo de serem agredidos pelos policiais. “Eles agiram na universidade como se tivesse um monte de bandido e não estudantes”, concluiu Maria.
O estudante Frank Souza disse que a confusão partiu depois que o policial da GOE solicitou o documento de identificação do presidente do diretório como sendo Polícia Rodoviário Federal e Augusto César solicitou que o policial da GOE também apresentasse a sua carteira de identificação. “O PM não acreditou que Augusto era PRF, mesmo vendo a identificação dele em suas mãos”, ressaltou.
Além do Policial Rodoviário, outros dois alunos também foram presos, já na Delegacia de Polícia Civil, por tentarem registrar uma ocorrência policial sobre as agressões no campus.
Fonte: Josias Brito
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