Quinta-feira, 5 de dezembro de 2019 - 08h57
A Polícia Federal
deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 05.12.2019, a denominada Operação
FELDBERG visando a desarticulação de organizações criminosas com a participação
de servidores de diversos órgãos públicos rondonienses.
Durante a
investigação, em conjunto com o Ministério Público do Estado de Rondônia,
constatou-se irregularidades no alto escalão da Assembleia Legislativa
de Rondônia para
eleição de sua presidência, além da prática ilícita conhecida no meio político
como “rachadinha”, na qual assessores “fantasmas” ou funcionários coniventes da
ALE-RO mensalmente repassavam parte de seus vencimentos para as contas
bancárias de investigados.Também foi investigado um esquema de fraude em
operações com gado na Agência de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia
– IDARON, envolvendo pecuaristas, donos de frigoríficos e servidores públicos
com a finalidade de sonegação fiscal e fraudes em financiamento rural, além da
grilagem de terras em áreas de conservação ambiental e sua utilização como
ativo ambiental para fins de obtenção de vantagens/créditos junto ao Estado,
utilizando-se ainda de influência perante servidores da SEDAM para este fim.
Ainda foi apurado
um esquema para anular o desmembramento do cartório único de registro civil e
tabelionato de notas de Alta Floresta D’Oeste/RO, bem como a prática do crime
de lavagem de dinheiro envolvendo o núcleo familiar do ex-deputado alvo da ação
deflagrada no ano de 2006 denominada OPERAÇÃO DOMINÓ, tendo sido expedido um
novo mandado de prisão em seu desfavor, muito embora o investigado encontre-se
foragido há anos.
Estão sendo
cumpridos 11 (onze) mandados de prisão preventiva, 03 (três) mandados de prisão
temporária, 10 (dez) mandados de suspensão do exercício da função pública e 52
(cinquenta e dois) mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho/RO,
Alta Floresta D’Oeste/RO, Vilhena/RO, Ji-Paraná/RO, Alto Alegre dos Parecis/RO,
Humaitá/AM e Cuiabá/MT.
Para a realização
da operação, a Polícia Federal empregou cerca de 200 policiais e 50 viaturas.
Além das prisões e
buscas, o Tribunal de Justiça de Rondônia determinou o bloqueio de contas
bancárias e bens dos investigados, além do sequestro de imóveis e veículos, que
poderão alcançar o valor total de indisponibilidade de quase meio bilhão de
reais.
Os investigados
responderão, na medida de sua participação, aos crimes de organização
criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro,
falsificação de documento público, dentre outros.
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