Quinta-feira, 7 de agosto de 2014 - 11h14
Um grupo de agricultores da BR-319, liderados por Raimundo Pereira da Silva e Adulci Silva denunciou esta semana à Superintendência do INCRA, em Humaitá (AM), um projeto de grilagem de terra, em curso a partir do quilômetro 37, que, por meio de um Escritório de Advocacia em Porto Velho, está fazendo terror na região, ameaçando agricultores humildes com mais de 30 anos assentados ali pelo próprio Instituto de Reforma Agrária.
De acordo com Raimundo Silva, o INCRA orientou os agricultores que se mantenham tranquilos em suas propriedades, tantos os que têm títulos definitivos quantos os que detêm apenas a Licença de Ocupação, que é um documento legal expedido pelo órgão.
Segundo o agricultor, o Instituto assegurou que vai se comunicar com a Superintendência do INCRA em Porto Velho, para se certificar das notícias, tendo em vista que se trata de uma região geográfica sob a jurisdição do Estado do Amazonas. Disse também que já está fazendo contato e que pedirá apoio à Superintendência da Polícia Federal, para auxiliar o Instituto na identificação dos responsáveis pelas invasões, visto que há indício também de crime ambiental, além das ameaças de mortes que já ocorrem na área.
Há notícia de que os agricultores assentados há mais de 30 anos pelo INCRA na região já se movimentam e se armam contra os grileiros e seus comandados.
O agricultor deu a entender na Superintendência do INCRA em Humaitá, que com o advento da construção da ponte sobre o Rio Madeira, a criminadade rural aumentou muito na área de influência da BR-319, com invasões generalizadas e outros crimes, sem que Poder Público esboce alguma reação para conter os abusos legais.
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