Quarta-feira, 6 de maio de 2009 - 12h30
Uma ação conjunta entre investigadores da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) do Acre, e do Grupo de Investigação e Capturas (GiC), da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia, prendeu em flagrante na última terça-feira, 5 Francisca Mirlene Gomes dos Santos, 32 anos, conhecida como Lene.
Ela é acusada de aliciar uma menina de 12 anos, em Rio Branco, para atuar em prostíbulos na região de Nova Mamoré (RO).
A polícia suspeita que Lene esteja envolvida em outros ilícitos, principalmente na exploração de menores para o sexo e tráfico de droga. A delegada Maria Lúcia Jacoud, investigava a suspeita desde o dia 30 de abril, quando foi procurada por Macilene dos Santos Barros, 30 anos, mãe da menor, moradora da Vila Acre.
Na madrugada de terça-feira, em diligência em Nova Mamoré, os investigadores do GIC de Rondônia, por determinação do delegado Jeremias Mendes de Souza, que colaborou com as investigações da delegada Maria Lúcia Jacoud, mandou fazer uma abordagem na propriedade de Marineide Ribeiro de Souza, a Renata, dona do prostíbulo.
No local, além da menor havia outras cinco mulheres. A abordagem foi feita por volta de 10 horas da terça-feira. Antes de saber que se tratava de uma ação policial Lene disse aos investigadores que estava se preparando para vim à Rio Branco. Segundo a menor, ela vinha buscar outras quatro garotas, para o bordel de Renata.
De acordo com a polícia, o local é freqüentado por foragidos da Justiça de vários estados do Brasil e garimpeiros. A vítima, contou em conversa informal aos agentes do Grupo de Investigações e Capturas da Sesdec de Rondônia, que um de seus "fregueses" já se encontra preso no interior de Rondônia acusado de matar três pessoas, ela não soube explicar as circunstâncias.
QUEM É LENE?
Na cidade de Rio Branco, além de aliciar menores para a prostituição e supostamente tráfico de drogas, Lene se passava por deficiente mental. Tinha inclusive passe grátis para andar de ônibus para qualquer lugar da cidade, benefício que ela supostamente usava para alcançar crianças pobres na periferia.
No bairro Santa Inês Lene mantinha uma parceria com a dona de um quarteirão – nome não mencionado pela investigação – para onde eram levadas as menores na fase inicial do aliciamento. Sempre procurando mudar o visual, para confundir a polícia Lene foi localizada por causa de dois saques em terminais eletrônicos do Banco do Brasil, na Rodoviária de Rio Branco e em Nova Mamoré, ambos no valor de R$ 100, preço da passagem de ônibus.
A delegada Maria Lúcia Jacoud conseguiu botar na cadeia a aliciadora e resgatar uma criança acreana que estava a serviço de criminosos, que fazem o comércio sexual proliferar na região. "Foi um trabalho árduo da Polícia Civil, mas o resultado foi satisfatório, tanto para a família da vítima bem como para toda sociedade" disse a delegada.
SEDUÇÃO DA GAROTA
"Eu sempre gostava de sair para festas, um dia apanhei de um homem no pátio de uma boate, depois fui ameaçada de morte em um ponto de ônibus na parada do bairro Santa Inês, porque, denunciei um grupo de ladrões", disse a menor.
Ela contou que depois de ser espancada encontrou com a Lene, que lhe fez a proposta para "trabalhar" como garota de programa em Nova Mamoré. Disse que ficou impressionada pela oferta em dinheiro e aceitou ir. Ela não revelou a quantia.
Conta à garota que pegou uma carona com um caminhoneiro desconhecido, no bairro Dom Moacir, pela parte da tarde do dia 19 de março deste ano, quando fugiu de casa. Conforme a garota, estavam em quatro pessoas, Lene, Japonesa, ela e Meuri Catarina. A menor chegou ao bordel de Renata às 21h, acompanhada do caminhoneiro amigo de Lene e no mesmo dia começou a "trabalhar".
Afirma que chegou a fazer quatro programas por noite, ao preço de R$ 50 e R$ 100. Renata, segundo a menor, cobrava R$ 15 por cada programa, que sempre eram feitos por cinco garotas. Um dia a dona do bordel (Renata) encontrou uma foto do marido dela, no álbum da adolescente acreana e a expulsou do prostíbulo, esta passou a morar na rua, dormindo nas praças.
Mas outra vez Lene entrou em cena. A mulher levou-a para Bolívia, onde a menina mendigou água e comida. Com o futuro incerto, a menor de 12 anos pode ter contraído doenças sexualmente transmissíveis e a polícia suspeita que ela esteja grávida.
AGRADECIMENTO
Segundo Macilene Barros, mãe da menor, sempre acreditou em Deus, mas se calcou no trabalho da delegada Maria Lúcia Jacoud, que nunca fraquejou na luta pela libertação da garota, que era mantida em cárcere privado por Lene, que a obrigava se prostituir. Conforme a mulher, sempre teve esperança de libertar a filha, que um dia chegou a dizer pelo telefone que se ela fosse atrás da mesma poderia ser morta.
Na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, nesta terça-feira Lene foi indiciada no art. 244-A do Eca – submeter criança ou adolescente à prostituição ou a exploração sexual, cuja pena é reclusão de quatro a dez anos. Também no art. 228 do Código Penal – favorecimento a prostituição, pena de um a três anos de prisão.
Fonte: noticiasdahora.com
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