A Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), com o objetivo de esclarecer os atos ilícitos ocorridos no assentamento “Flor da Amazônia”, em Candeias do Jamari, acompanhou uma comissão formada por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, que se dirigiu em comboio até o local, onde foram verificadas as “barbáries” ocorridas contra os assentados.
No início desta semana, um conflito agrário, envolvendo os Sem Terras e terceiros ainda desconhecidos, resultou na destruição de cerca de 80 barracos, que foram queimados de maneira odiosa e criminosa, segundo a constatação da comissão composta pela Ouvidoria Agrária Regional, Polícia Federal, Comissão Justiça e Paz, Polícia Civil, Polícia Militar e Sesdec.
O delegado Everaldo Magalhães declarou que a polícia tem em seu poder armas e veículos apreendidos durante o atentado, que serão peças chaves para a elucidação dos fatos. De acordo com o delegado, os objetos estão na criminalística, onde a perícia em breve deve oferecer resultados para que a polícia possa ter mais pistas sobre os criminosos. Ainda segundo declaração do delegado já se tem testemunhas imprescindíveis que relatam fatos surpreendentes, os quais estão colaborando deveras na investigação.
O secretário adjunto da Sesdec, Cezzar Pizzano, acompanhou a comissão que percorreu toda a área atingida e por determinação do secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), cel. PM Evilásio Sena, foi marcada uma reunião no Gabinete de Gestão Integrada (GGI), para o dia 5, quando será debatido o assunto por autoridades estaduais e federais. De acordo com Pizzano, espera-se que nesta reunião todas as autoridades empenhem-se em tomar as providências que competem a cada órgão, uma vez que se trata de um conflito agrário, situação que envolve a jurisdição federal.
O secretário adjunto elogiou as investigações já realizadas pelo delegado Alessandro Moroy, da Delegacia de Polícia de Candeias, o qual agora recebe o reforço do delegado Everaldo Magalhães para auxiliar no caso.
No entanto, com o intuito de oferecer segurança e prevenir novos atentados, a comissão solicita agora providências para assegurar a vida e a integridade física dos assentados. Sendo assim, a comissão solicita que a Polícia Militar e a Polícia Federal desloquem uma guarnição para oferecer garantias de segurança contra a ação criminosa e repugnante dos facínoras contra idosos, crianças, gestantes, homens e mulheres assentados.
Fonte: Érica Ferreira - Sesdec
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)